Nova diretriz: recomendações para tratamento da síndrome das pernas inquietas são atualizadas pelo AASM

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Por Alex Morales
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Comprimidos com ferro e bloqueadores dos canais de cálcio.

São PauloA Academia Americana de Medicina do Sono (AASM) lançou novas diretrizes para o tratamento da síndrome das pernas inquietas (SPI). Essa atualização é significativa pois incorpora as pesquisas mais recentes para destacar mudanças importantes que podem aprimorar o cuidado com os pacientes. A SPI é uma condição que causa uma vontade intensa de mover as pernas, podendo afetar gravemente o sono e atividades cotidianas. As diretrizes, elaboradas pela força-tarefa da AASM, foram publicadas no Journal of Clinical Sleep Medicine e substituem as diretrizes anteriores de 2012.

As novas diretrizes destacam a importância de verificar minuciosamente os níveis de ferro em pessoas com Síndrome das Pernas Inquietas (SPI). Conforme esses níveis, são sugeridas recomendações específicas para a suplementação de ferro.

Ferrocarboximaltose intravenoso: Fortemente recomendado para adultos. Outras duas formulações de ferro intravenoso: Recomendada com ressalvas. Sulfato ferroso oral: Recomendada com ressalvas para adultos e crianças.

Pesquisas recentes indicam que baixos níveis de ferro no cérebro podem ser uma razão principal para a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI). Para crianças, o tratamento sugerido é o sulfato ferroso, o que destaca um método cauteloso, porém eficaz, para tratá-las.

Atualização Importante no Tratamento de Condições Médicas

Há uma atualização significativa no tratamento de certas condições: os médicos estão deixando de usar agonistas dopaminérgicos, como pramipexol e ropinirol. Embora esses medicamentos tenham sido recomendados anteriormente, novas pesquisas indicam que podem agravar os sintomas ao longo do tempo, um problema conhecido como "augmentação." Agora, a recomendação é utilizar bloqueadores dos canais de cálcio ligantes de alfa-2-delta, como gabapentina enacarbil, gabapentina, e pregabalina. Esses medicamentos não apresentam o mesmo risco de piorar os sintomas e oferecem uma opção de tratamento mais estável a longo prazo.

Novos tratamentos estão ganhando popularidade. Um deles é a estimulação de alta frequência do nervo fibular em ambos os lados, que já apresenta algum apoio inicial. Este método utiliza um dispositivo vestível para estimular os nervos nas pernas, oferecendo uma opção terapêutica sem uso de medicamentos.

Opioides de longa duração e em baixa dose, como a oxicodona, podem ser usados com cautela. O guia recomenda uma monitorização cuidadosa devido aos riscos potenciais dos opioides. Para gerir eficazmente a Síndrome das Pernas Inquietas, é importante considerar fatores como álcool, cafeína, alguns medicamentos e apneia do sono não tratada.

Estas diretrizes utilizam as pesquisas mais recentes para oferecer aos médicos melhores ferramentas e métodos que proporcionem um atendimento mais personalizado e eficaz para pacientes com RLS.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.5664/jcsm.11390

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

John W. Winkelman, J. Andrew Berkowski, Lourdes M. DelRosso, Brian B. Koo, Matthew T. Scharf, Denise Sharon, Rochelle S. Zak, Uzma Kazmi, Yngve Falck-Ytter, Anita V. Shelgikar, Lynn Marie Trotti, Arthur S. Walters. Treatment of restless legs syndrome and periodic limb movement disorder: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. Journal of Clinical Sleep Medicine, 2024; DOI: 10.5664/jcsm.11390
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