Impacto da discriminação no peso pós-parto de pacientes negras: um estudo revelador

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Por Alex Morales
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Balança equilibrada com pesos e um coração.

São PauloEstudo da Universidade de Pittsburgh revela que a discriminação pode levar a problemas de peso em pacientes negras após a maternidade. O estresse causado pelo racismo e pela discriminação de gênero são fatores significativos para o ganho de peso ou a dificuldade de emagrecimento pós-parto. Mesmo que indivíduos negros e brancos tenham pesos similares antes e durante a gravidez, os negros têm maior probabilidade de ganhar ou manter peso após o parto.

Principais descobertas incluem:

  • A discriminação racial estava associada ao aumento na retenção de peso.
  • A discriminação de gênero também contribuiu para o ganho de peso.
  • Participantes que enfrentaram níveis de estresse elevados devido à discriminação mantiveram mais peso, mesmo quando fatores de saúde durante a gravidez foram semelhantes.

O estudo destaca como as experiências da vida real influenciam a saúde, aumentando o risco de doenças cardíacas. Enfatiza a importância de combater as principais causas de estresse e discriminação para melhorar os cuidados de saúde no pós-parto.

Devemos focar no ambiente como um todo, não apenas nas ações e hábitos individuais. Isso inclui disponibilizar serviços de apoio para mães após o parto. Muitas abordagens tradicionais não consideram as pressões que podem ampliar as desigualdades na saúde.

Compreender como a discriminação afeta a saúde é fundamental. Ao obter esse conhecimento, podemos desenvolver melhores estratégias de saúde. Profissionais de saúde e formuladores de políticas devem criar planos para enfrentar esses problemas na raiz. Isso pode incluir a implementação de apoio comunitário para ajudar pessoas que enfrentam discriminação.

Ferramentas digitais, como a avaliação ecológica momentânea (EMA), proporcionam informações em tempo real sobre o estresse diário. Esses dados podem ser fundamentais para desenvolver apoio específico que aborde os desafios enfrentados por indivíduos no pós-parto de comunidades marginalizadas.

Pesquisadores uniram forças neste estudo para compreender melhor as diferenças na saúde. Combinando suas diversas áreas de especialização, a pesquisa oferece uma visão clara da complexa relação entre discriminação e saúde.

Os resultados do estudo incentivam a realização de pesquisas futuras sobre essas questões. Eles destacam uma área crucial da equidade em saúde que exige atenção e ação. À medida que mais pessoas se conscientizam dessas descobertas, elas podem resultar em políticas de saúde pública mais inclusivas e eficazes.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1093/aje/kwae424

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

D D Méndez, A L Tapia, S A Sanders, A D Casas, M Smalls, E M Davis, S L Rathbun, T L Gary-Webb, L E Burke, S S Omowale, L Adodoadji, J J Gianakas, Y Lai, M N Feghali, M L Wallace. Real-time experiences of racism and stress in association with postpartum weight retention: A longitudinal ecological momentary assessment study. American Journal of Epidemiology, 2024; DOI: 10.1093/aje/kwae424
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