Novo estudo revela fatores que aumentam risco de AVC grave e como evitá-los

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Por João Silva
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Cérebro com fatores de risco de AVC destacados visíveis.

São PauloNovo estudo relaciona fatores de risco à gravidade dos AVCs

Uma pesquisa recente publicada na revista Neurology revela uma forte conexão entre certos fatores de risco e a gravidade dos acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Problemas de saúde como pressão alta e fibrilação atrial, além de hábitos como o tabagismo, podem agravar os AVCs. Compreender essa relação é essencial na prevenção de tais eventos.

O estudo revelou que os principais fatores que aumentam a probabilidade de acidentes vasculares cerebrais graves incluem:

Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares:

  • Pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg)
  • Fibrilação atrial
  • Tabagismo
  • Diabetes
  • Colesterol alto

O estudo analisou pessoas de diferentes origens, sendo que metade delas já havia sofrido um derrame. Entre essas, cerca de 75% das pessoas com derrames graves tinham pressão alta, e 72% das que tiveram derrames leves a moderados também apresentavam esta condição. A fibrilação atrial foi detectada em 11% dos casos de derrames graves. O hábito de fumar era idêntico em 30% para ambos os grupos, mas os fumantes tinham quase o dobro de probabilidade de sofrer derrames graves.

Esses achados trazem importantes implicações. A pressão alta é uma das principais causas de AVCs graves e leves e é um fator que pode ser controlado. Isso implica que um bom manejo pode reduzir significativamente o risco de AVCs severos. Ademais, a fibrilação atrial aumenta a probabilidade de AVCs graves, evidenciando a importância de realizar check-ups regulares e tratar qualquer arritmia cardíaca precocemente.

Escolhas de estilo de vida, como fumar, estão fortemente associadas à gravidade dos acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Em regiões onde há um número maior de fumantes, pode haver mais casos de AVCs. Implementar estratégias para controlar o uso de tabaco pode ser crucial na prevenção de AVCs.

O estudo destacou alguns fatores de risco, mas também mencionou suas limitações. Não analisou como o câncer ou doenças pulmonares crônicas podem influenciar os resultados de um AVC. Trabalhar no controle da pressão arterial, no gerenciamento da fibrilação atrial e na redução do tabagismo pode mudar significativamente os desfechos de um AVC. Isso é especialmente importante em regiões onde há um aumento na pressão alta e nos casos de AVC entre os jovens, como ocorre em muitos países de baixa e média renda.

Este estudo ressalta a relevância de adotar medidas para melhorar a saúde. Ações focalizadas podem reduzir significativamente os impactos negativos de acidentes vasculares cerebrais graves sobre indivíduos e a sociedade.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0000000000210087

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Catriona Reddin, Michelle Canavan, Graeme J. Hankey, Shahram Oveisgharan, Peter Langhorne, Xingyu Wang, Helle Klingenberg Iversen, Fernando Lanas, Fawaz Al-Hussain, Anna Czlonkowska, Aytekin Oğuz, Conor Judge, Annika Rosengren, Denis Xavier, Salim Yusuf, Martin J. O'Donnell. Association of Vascular Risk With Severe vs Non-Severe Stroke. Neurology, 2024; 103 (11) DOI: 10.1212/WNL.0000000000210087
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