Fechamento de fábrica da Volkswagen vira alerta no mercado europeu

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Por Alex Morales
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Fábrica da Volkswagen com portões fechados e céu escuro.

São PauloVolkswagen toma decisões importantes em um mercado difícil. O CFO da empresa informou a 25.000 funcionários que o mercado automotivo na Europa teve uma queda drástica após a pandemia, com vendas agora cerca de 2 milhões de unidades a menos por ano em comparação a 2019. Isso significa que a Volkswagen está produzindo 500.000 carros a menos.

Grupo Volkswagen teve um lucro operacional de 10,1 bilhões de euros no primeiro semestre do ano, uma queda de 11% em relação ao ano anterior devido ao aumento dos custos, embora as vendas tenham aumentado um pouco. A divisão de carros de passeio é uma grande preocupação, com ganhos caindo 68% no segundo trimestre e uma margem de lucro muito baixa. Essa queda se deve principalmente aos custos de reestruturação e salários mais altos. Além disso, as vendas de veículos elétricos da Volkswagen estão lentas, em parte devido aos altos custos das baterias e à menor quantidade de subsídios para os consumidores.

A pressão está aumentando porque os veículos elétricos chineses, que são mais baratos, estão ganhando popularidade na Europa. A VW também está enfrentando lucros menores com carros elétricos devido aos custos mais elevados e à adoção lenta por parte dos clientes.

Aqui estão alguns pontos principais:

  • Mercado de carros na Europa encolhe significativamente após a pandemia.
  • Lucro operacional da Volkswagen cai 11% no primeiro semestre do ano.
  • Divisão de carros de passageiros da VW registra queda de 68% nos lucros no segundo trimestre.
  • Aumentam as pressões competitivas dos veículos elétricos chineses.
  • Volkswagen precisa cumprir rigorosos limites de emissões da UE a partir do próximo ano.

Fechamento de fábrica na Alemanha seria inédito para a Volkswagen

A possibilidade de fechar uma fábrica na Alemanha seria algo inédito para a Volkswagen, uma empresa que desempenhou um papel crucial na recuperação e reputação do país desde a Segunda Guerra Mundial. Na companhia, os representantes dos trabalhadores exercem grande influência, ocupando metade das cadeiras do conselho e possuindo um poder de voto significativo. Isso torna a tarefa de redução de custos mais difícil e requer longas negociações.

Enfrentando críticas por divergências internas, o governo alemão quer evitar a reação negativa do fechamento de fábricas. O chanceler Olaf Scholz discutiu a questão com a direção da Volkswagen, mas deixou claro que a decisão final cabe à empresa.

Trabalhadores acreditam que a gestão não tem abordado questões importantes, como a oferta de veículos elétricos de entrada a preços acessíveis. Eles se preocupam que apenas reduzir os custos de mão de obra não resolverá os problemas da Volkswagen. Em vez disso, acham que a empresa precisa propor novas ideias e melhores produtos.

Volkswagen enfrenta o desafio de reduzir custos, manter os funcionários motivados e continuar competitiva em um mercado que muda rapidamente. O que ocorre na VW pode servir de exemplo para o restante da indústria automobilística europeia, que lida com os mesmos problemas.

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