Militares do Mali consolidam domínio com nova mudança de premiê
São PauloGoverno militar do Mali nomeia Abdoulaye Maïga como novo primeiro-ministro após destituição do antecessor. Essa escolha intensifica o controle militar sobre o governo do país, já que todas as principais partes do governo malinês estão agora sob comando de oficiais militares, evidenciando o crescente poder das forças armadas. Abdoulaye Maïga, de 43 anos, ocupou vários cargos na administração temporária, demonstrando a confiança que o presidente de transição, Coronel Assimi Goita, deposita nele.
Nomear Maïga reflete a estratégia das forças armadas enquanto o país se prepara para possíveis eleições no próximo ano. Mudanças significativas ocorreram antes dessa transição.
Todas as áreas do governo estão sob liderança de militares. Abdoulaye Maïga já ocupou cargos como ministro da administração territorial e porta-voz do governo. O governo de transição tem demonstrado desconfiança em relação a seu aliado histórico, a França, assim como à missão MINUSMA da ONU.
Alguns acreditam que o exército tomou essa decisão para colocar pessoas leais no poder antes das importantes eleições. Isso indica que as forças armadas estão se fortalecendo e se unindo para enfrentar desafios políticos futuros.
Chogoul Maïga, o ex-primeiro-ministro, pode ter sido demitido por demonstrar interesse em se candidatar às eleições. Os líderes militares provavelmente o veem como alguém que pode manter a estabilidade e apoiar seus interesses durante as mudanças políticas. Ele tem um histórico de se posicionar contra a influência estrangeira e críticas de grupos internacionais. Isso sugere que ele pode continuar a manter certa distância dos países ocidentais, abrindo espaço para novos relacionamentos políticos.
Mudanças na liderança indicam que os militares têm grandes planos. Parece que estão repensando suas alianças e a forma de gerenciar questões na região. Especialistas afirmam que esse controle mais rigoroso pode ter dois objetivos: manter a estabilidade de acordo com os interesses militares e diminuir os protestos vindos de civis ou grupos externos. Essa abordagem demonstra que os militares querem moldar as coisas segundo sua própria visão, mesmo com o aumento das reclamações.
Mali se prepara para possíveis eleições, enquanto pessoas dentro e fora do país observam como o poder militar influenciará a futura liderança e relações internacionais. Com os militares firmemente no comando, o futuro traz tanto oportunidades quanto desafios únicos à situação política atual de Mali.
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