Explorando o poder bio-piezoelétrico para um futuro mais verde e sustentável no Brasil

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Dispositivos de energia verde usando tecnologia de piezoelétricos biomoleculares.

São PauloCientistas da Universidade de Limerick, na Irlanda, fizeram uma descoberta significativa na criação de energia sustentável. Eles desenvolveram uma técnica para cultivar cristais orgânicos capazes de converter pressão em eletricidade, um fenômeno conhecido como piezoeletricidade. Geralmente, esse efeito está associado a cerâmicas e plásticos, mas a equipe descobriu que algumas moléculas presentes nos seres humanos também podem gerar eletricidade dessa forma. Essa inovação pode levar a novas aplicações em dispositivos e ferramentas médicas.

A equipe de pesquisa do Actuate Lab desenvolveu uma técnica inovadora para utilizar moldes de silício na modelagem de cristais em diferentes formas, como discos e placas, para diversas aplicações. Entre os possíveis usos estão componentes em dispositivos médicos, microfones de smartphones e sensores automotivos.

Quando esses cristais especialmente formados são pressionados, eles geram uma voltagem que, ao ser aumentada, pode alimentar aparelhos eletrônicos através de movimentos mecânicos comuns. Este método prático e acessível é baseado em pesquisas anteriores, que utilizaram modelos computacionais para prever a eletricidade gerada ao pressionar um material biológico.

Este avanço não é apenas um passo adiante na tecnologia, mas também uma opção mais ecológica em comparação com os materiais piezoelétricos atuais, que muitas vezes contêm substâncias nocivas como o chumbo. Embora a UE restrinja o uso de chumbo, os materiais piezoelétricos tradicionais são isentos devido à falta de alternativas. A pesquisa da UL pode reduzir significativamente o lixo eletrônico de dispositivos à base de chumbo, estimado em cerca de 4.000 toneladas por ano.

Descoberta visa tornar a produção de tecnologias piezoelétricas mais sustentáveis. O uso de cristais feitos de aminoácidos oferece uma alternativa para eliminar materiais nocivos enquanto mantém ou até melhora a eficácia dessas tecnologias. A pesquisa aponta para a adoção de soluções tecnológicas mais ecológicas e evidencia a importância da colaboração entre áreas como química, física e ciência dos materiais para criar novos métodos de gerar energia de forma sustentável.

A adoção mais ampla do método da equipe UL pode incentivar outros pesquisadores a investigar mais sobre piezoelétricos biomoleculares. Isso pode resultar em mudanças significativas no campo e ajudar a reduzir o impacto ambiental.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1103/PhysRevLett.133.137001

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Krishna Hari, Tara Ryan, Suman Bhattacharya, Sarah Guerin. Molded, Solid-State Biomolecular Assemblies with Programmable Electromechanical Properties. Physical Review Letters, 2024; 133 (13) DOI: 10.1103/PhysRevLett.133.137001
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