Apenas 6 a 8 vaquitas avistadas no México

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Por Chi Silva
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Botos-vaquitas nadando perto de redes de pesca ilegais.

São PauloApenas de 6 a 8 vaquitas, que estão à beira da extinção, foram avistadas este ano no México. Cerca de metade dessas observações ocorreram fora da área protegida das vaquitas, uma região bem guardada no Golfo da Califórnia onde a pesca é proibida. Mesmo com essa proibição, a pesca ilegal às vezes ocorre. Algumas vaquitas foram encontradas em locais onde a pesca é permitida.

Especialistas não sabem por que as vaquitas podem preferir a área fora da zona protegida. A expedição deste ano examinou áreas dentro da zona. As vaquitas são pequenas e difíceis de localizar, geralmente sendo vistas apenas de longe com binóculos potentes. Muitas observações são classificadas como prováveis ou possíveis, e os números são dados como estimativas aproximadas.

O relatório do ano passado trouxe esperança para a espécie. Vaquitas vivem apenas em um único lugar e não podem ser mantidas ou criadas em cativeiro. No entanto, o relatório deste ano trouxe notícias mais desanimadoras. Redes de emalhar ilegais têm capturado e matado vaquitas há muitos anos. A população caiu de quase 600 em 1997 para um estimado de 6 a 8 avistamentos agora.

Redes de emalhar são usadas para capturar a totoaba. A bexiga natatória deste peixe é considerada uma iguaria na China e pode valer milhares de dólares por libra. O governo mexicano tem feito alguns esforços para deter a pesca com redes. Por exemplo:

  • A instalação de blocos de concreto com ganchos para agarrar as redes na zona protegida.
  • Patrulhamento das áreas protegidas.

No entanto, os pescadores ainda armam redes ilegais e sabotam os esforços de monitoramento.

Alex Olivera, do Centro de Diversidade Biológica no México, afirmou que as vaquitas têm uma taxa de reprodução lenta. Elas não conseguem se recuperar sem ajuda e a sua sobrevivência está seriamente ameaçada. Olivera mencionou que as vaquitas estão em risco de extinção devido às perigosas redes de emalhar na sua área e à fraca aplicação das leis de proteção pelo governo mexicano. Ele enfatizou a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa agora.

Olivera não se juntou à expedição. Ele estimou anteriormente que, mesmo sem redes de emalhar, levaria cerca de 50 anos para que a população retornasse ao nível de 15 anos atrás.

O governo do presidente Andrés Manuel López Obrador tem, em grande parte, se recusado a pagar para que os pescadores evitem o habitat da vaquita. Além disso, têm se negado a proibir o uso de redes de emalhar ou monitorar os locais de partida e a movimentação dos pescadores.

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