Supremo Tribunal derruba proibição de bump stocks da era Trump
São PauloA Suprema Corte decidiu por 6 a 3 anular a proibição dos "bump stocks" que foi implementada durante o governo Trump. O ministro Clarence Thomas afirmou que a proibição estava errada. Ele explicou que os "bump stocks" não transformam rifles semiautomáticos em metralhadoras ilegais, pois cada disparo ainda necessita de um puxão no gatilho.
A decisão demonstrou que o poder executivo tem seus limites. Os juízes Samuel Alito e Sonia Sotomayor afirmaram que o Congresso poderia criar políticas duradouras. Durante o mandato de Trump, regulamentos foram utilizados em vez de criar novas leis. Isso ajudou a evitar que os republicanos tivessem que tomar atitudes após eventos como o tiroteio em massa em Parkland, Flórida. Atualmente, a chance de aprovar novas leis de controle de armas em um Congresso dividido é baixa.
O Presidente Joe Biden pediu ao Congresso que restabelecesse a proibição dos "bump stocks". A equipe de Trump aceitou a decisão do tribunal e destacou o apoio da NRA. Trump, que está concorrendo à presidência em 2024, minimiza suas ações anteriores sobre os "bump stocks". Ele disse aos membros da NRA que nada mudou nas regulamentações sobre armas e garantiu que suas armas de fogo não seriam confiscadas.
Os pontos principais sobre o bump stock:
- Substitui a coronha do rifle
- Utiliza a energia do recuo para acionar o gatilho
- Dispara em uma velocidade semelhante a uma arma automática
A decisão do Supremo Tribunal de 2022 expandiu os direitos sobre armas. Em breve, uma nova decisão avaliará a posse de armas por pessoas com ordens de restrição por violência doméstica. O caso dos "bump stocks" discutiu se a ATF ultrapassou sua autoridade. A maioria dos juízes concluiu que "bump stocks" não são metralhadoras segundo a lei de 1934, afirmando que o gatilho precisa ser liberado e pressionado novamente para cada disparo. O juiz Thomas destacou que a própria ATF anteriormente disse que "bump stocks" não eram armas automáticas.
O governador republicano de Nevada, Joe Lombardo, que apoia a Segunda Emenda, discordou da decisão. Ele sempre foi contra os dispositivos conhecidos como "bump stocks", mesmo durante seu tempo na aplicação da lei.
A opinião foi baseada em decisões anteriores da Suprema Corte sobre direitos às armas. O caso dos bump stocks tratou do poder do ATF, não da Segunda Emenda. A decisão afirmou que os bump stocks não são considerados armas automáticas pela lei de 1934.
A discussão sobre os bump stocks é complexa e provoca divergências.
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