Lei protege trabalhadoras grávidas apesar de questões legais sobre aborto

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Por João Silva
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Balança da justiça equilibrada com uma barriga de grávida

São PauloAyde Cornejo Barrera buscou ajuda online e encontrou o site A Better Balance. A página fornecia informações sobre a Lei de Justiça para Trabalhadoras Grávidas, uma lei federal que ajuda trabalhadoras grávidas com acomodações. Essa lei entrou em vigor em junho de 2023, um mês antes de ela perder o emprego. Sem saber se a lei poderia ajudá-la, ela ligou para a linha de apoio.

Desde a implementação da Lei de Equidade para Trabalhadoras Grávidas, quase 500 funcionárias entraram em contato com a linha direta de A Better Balance. Essa legislação oferece mais direitos às trabalhadoras grávidas para solicitar adaptações no ambiente de trabalho. Na terça-feira, A Better Balance divulgou um relatório sobre as experiências dessas trabalhadoras.

O relatório destaca alguns pontos principais:

  • A maioria dos trabalhadores conseguiu acomodações rapidamente.
  • Muitos empregadores não conheciam a lei.
  • Alguns empregadores tinham uma compreensão errada sobre o alcance da lei.
  • Vários empregadores se recusaram a cumprir a lei.

Dina Bakst, cofundadora da A Better Balance, mencionou que a maioria dos trabalhadores possui empregos de baixa remuneração. Charlotte Burrows, chefe da Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego (EEOC), afirmou que informar as pessoas sobre seus direitos é um grande desafio. Eles estão trabalhando arduamente para divulgar informações.

Uma ação judicial está gerando disputas sobre a inclusão do aborto na lei. Novas regras da EEOC, que começaram na terça-feira, estabelecem que o aborto é uma das condições relacionadas à gravidez que necessitam de acomodações. Um juiz federal na Louisiana suspendeu temporariamente a obrigatoriedade dessas regras para empregadores na Louisiana e no Mississippi. Isso também afeta a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA e outros três grupos religiosos.

Na semana passada, um outro juiz no Arkansas rejeitou uma ação judicial semelhante movida por procuradores-gerais republicanos de 17 estados. No entanto, o Procurador-Geral do Arkansas, Tim Griffin, está considerando outras opções legais. A ação visava interromper todas as regras da EEOC, contra as quais a ACLU e outros grupos de defesa se opõem.

As regras da EEOC esclarecem vários pontos:

  • Empregadores não podem exigir documentação excessiva para problemas comuns de gravidez, como enjoo matinal.
  • Empregadores não podem obrigar trabalhadoras grávidas a tirar licença se acomodações razoáveis forem possíveis.
  • Empregadores devem comprovar com evidências robustas que as acomodações representam um "ônus excessivo".

A Lei de Equidade para Trabalhadoras Grávidas continua em vigor apesar de problemas jurídicos. Defensores acreditam que as normas da EEOC são essenciais para resolver conflitos e educar os empregadores. A organização A Better Balance relata que uma em cada sete trabalhadoras que procuraram sua linha de ajuda foram obrigadas a tirar licença em vez de receber acomodações.

Cornejo Barrera enfrentou o mesmo problema. Seu empregador mudou de ideia depois que ela escreveu para o RH mencionando seus direitos sob a nova lei. Dois dias depois, ao mostrar a redação legal para seu supervisor, ela foi autorizada a voltar ao trabalho.

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