Novo tratamento para epilepsia: integrando genética e mapeamento cerebral para personalizar terapias

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Chi Silva
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Cérebro com fios genéticos e padrões de mapeamento.

São PauloPesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca, liderados pelo Professor Vijay Tiwari, estão fazendo avanços significativos no tratamento da epilepsia com um método chamado MoPEDE. Essa nova técnica combina medições da atividade cerebral com análise genética para melhorar a compreensão e o controle das convulsões. A epilepsia, caracterizada por aumentos súbitos na atividade cerebral, muitas vezes requer a identificação precisa de onde as convulsões iniciam para um tratamento eficaz. O MoPEDE utiliza eletrodos SEEG para coletar tanto a atividade elétrica quanto informações genéticas do cérebro, o que pode revolucionar a forma como entendemos e manejamos as convulsões.

Os principais aspectos da abordagem MoPEDE são:

Eletrodos SEEG: Capturam a atividade elétrica e coletam material genético como RNA e DNA. Oferecem insights genéticos sobre por que certas regiões do cérebro causam convulsões. Facilitam o mapeamento personalizado ao relacionar padrões genéticos com áreas específicas de atividade epiléptica.

Novas Esperanças para Pacientes com Epilepsia: Tratamento Personalizado pelo MoPEDE

Os tratamentos atuais para epilepsia geralmente envolvem medicamentos ou cirurgia, mas muitos pacientes não respondem bem a essas opções. O MoPEDE pode mudar isso, oferecendo planos de tratamento personalizados com base na genética de cada pessoa. Desenvolvido pela equipe do Professor David Henshall, do RCSI em Dublin, esse método busca mapear com precisão as atividades convulsivas no cérebro, auxiliando aqueles que não se beneficiam dos tratamentos convencionais.

A combinação da análise genética com a neuroimagem pode aprimorar o tratamento da epilepsia. Ao identificar fatores genéticos e impactos ambientais, os médicos conseguem criar planos de tratamento personalizados. Essa abordagem personalizada aumenta a eficácia dos tratamentos existentes e contribui para o desenvolvimento de novos medicamentos que visam marcadores genéticos específicos relacionados à epilepsia.

MoPEDE tem um grande potencial, mas enfrenta desafios. Os resultados iniciais vêm de um grupo pequeno de pacientes, sendo necessário realizar testes clínicos mais amplos para confirmar sua eficácia e segurança. Além disso, a precisão dos dados depende da colocação exata dos eletrodos, que pode variar entre os pacientes.

MoPEDE: Uma Nova Fronteira no Tratamento da Epilepsia

MoPEDE é uma abordagem inovadora para o tratamento da epilepsia que pode transformar a maneira como o cuidado é oferecido. Ao integrar dados genéticos e cerebrais, este método ajuda os médicos a compreenderem melhor a epilepsia. Com sua aplicação em ambientes médicos, há a possibilidade de melhorar significativamente a vida das pessoas afetadas pela condição, tornando o tratamento mais previsível e adaptado às necessidades individuais. Os pesquisadores estão otimistas de que o desenvolvimento e testes adicionais do MoPEDE trarão novos avanços na ciência cerebral e na saúde personalizada.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1172/jci.insight.184518

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Anuj Kumar Dwivedi, Arun Mahesh, Albert Sanfeliu, Julian Larkin, Rebecca A. Siwicki, Kieron J. Sweeney, Donncha F. O'Brien, Peter Widdess-Walsh, Simone Picelli, David C. Henshall, Vijay K. Tiwari. High-resolution multimodal profiling of human epileptic brain activity via explanted depth electrodes. JCI Insight, 2024; DOI: 10.1172/jci.insight.184518
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