Células Co-STAR inovadoras oferecem nova esperança na luta contra o câncer

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Por Bia Chacu
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Teste de laboratório mostrando células Co-STAR combatendo células cancerígenas.

São PauloCientistas do Centro de Câncer Kimmel de Johns Hopkins desenvolveram uma nova técnica para combater o câncer através da engenharia genética. As células, denominadas Co-STAR, foram projetadas para localizar e destruir células cancerígenas. A pesquisa revelou resultados promissores em testes laboratoriais. Essas células modificadas combinam características de quatro tipos diferentes de células de defesa naturais do corpo.

  • Receptores de células T (TCRs) das células T
  • Anticorpos das células B
  • MyD88 dos monócitos
  • CD40 das células dendríticas

Dr. Brian Mog, o principal autor do estudo, elucidou a razão por trás da criação das células Co-STAR. As terapias com receptores de células T (TCR) e receptores de antígenos quiméricos (CAR) são cruciais na pesquisa sobre tratamento de câncer, mas ambas apresentam desafios. O design das células Co-STAR busca resolver esses problemas, combinando as melhores características de cada método.

O principal foco dessas células é um fragmento da proteína p53, especialmente a mutação R175H, comum em muitos tipos de câncer. Este fragmento é apresentado pelo alelo HLA-A2, tornando-o um alvo promissor para as células Co-STAR. Pesquisadores descobriram que as tradicionais células CAR-T não reagiram bem à pequena quantidade desses antígenos nas células cancerosas, indicando a necessidade de uma nova abordagem.

Dr. Mog explicou que as células Co-STAR foram desenvolvidas para detectar e combater células cancerígenas de forma eficaz. Elas utilizam TCR para o direcionamento e recebem sinais adicionais de MyD88 e CD40 para fortalecer sua resposta. Testes demonstraram que as células Co-STAR conseguem combater tumores por um longo período em experimentos de laboratório, levando a longas remissões e, em alguns casos, até mesmo à cura do câncer em ratos. Células T regulares e CAR T não alcançaram esses resultados.

Este estudo apresenta diversos aspectos fascinantes.

  • Integração de componentes de TCR e CAR com elementos de sinalização adicionais
  • Direcionamento de antígenos peptídicos-HLA
  • Êxito comprovado em modelos in vitro e in vivo

O Dr. Mog ficou extremamente entusiasmado ao ver as Co-STARs induzirem remissões significativas de câncer em camundongos. Esses resultados foram surpreendentes, pois, apesar de seus esforços com diferentes células T ao longo de quatro anos, ele só havia conseguido retardar o crescimento dos tumores.

O Dr. Bert Vogelstein afirma que, embora as células Co-STAR sejam promissoras, elas não resolvem todos os problemas das terapias baseadas em células T. É necessário mais pesquisa para avaliar sua eficácia e testá-las em ensaios clínicos com humanos.

A criação das células Co-STAR representa um avanço significativo e destaca o empenho dos pesquisadores na luta contra o câncer. Ao combinar diferentes partes do sistema imunológico, pode-se desenvolver novos tratamentos e levar esperança para muitos pacientes oncológicos.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1126/scitranslmed.adg7123

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Brian J. Mog, Nikita Marcou, Sarah R. DiNapoli, Alexander H. Pearlman, Tushar D. Nichakawade, Michael S. Hwang, Jacqueline Douglass, Emily Han-Chung Hsiue, Stephanie Glavaris, Katharine M. Wright, Maximilian F. Konig, Suman Paul, Nicolas Wyhs, Jiaxin Ge, Michelle S. Miller, P. Azurmendi, Evangeline Watson, Drew M. Pardoll, Sandra B. Gabelli, Chetan Bettegowda, Nickolas Papadopoulos, Kenneth W. Kinzler, Bert Vogelstein, Shibin Zhou. Preclinical studies show that Co-STARs combine the advantages of chimeric antigen and T cell receptors for the treatment of tumors with low antigen densities. Science Translational Medicine, 2024; 16 (755) DOI: 10.1126/scitranslmed.adg7123
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