Baleia-jubarte ameaçada morre por emalhamento em Maine
São PauloBaleias-francas-do-atlântico-norte, entre as espécies marinhas mais ameaçadas de extinção, sofreram mais uma perda devido ao equipamento de pesca de lagosta em Maine. Esses enormes cetáceos, que podem pesar até 68 toneladas, são ameaçados pelas cordas usadas nas armadilhas de lagosta. As cordas, que conectam as armadilhas às boias, representam graves riscos para os animais marinhos. Este incidente preocupou ambientalistas e cientistas marinhos sobre o perigo contínuo enfrentado por essa população de baleias vulneráveis.
Esforços têm sido feitos pela indústria de pesca de lagostas para reduzir os emaranhamentos. A Associação de Lagosteiros do Maine destacou suas conquistas na adaptação de técnicas:
- Implementação de cordas mais fracas projetadas para se romper sob o peso de uma baleia.
- Adoção de novas tecnologias, como sistemas de pesca sem cordas.
- Desenvolvimento e compartilhamento de melhores práticas para reduzir o contato com baleias.
- Engajamento em pesquisas para compreender melhor a migração das baleias e prevenir interações.
Apesar desses esforços, o emaranhamento e morte de uma baleia-franca após 20 anos sem incidentes desse tipo com equipamento do Maine destacam os desafios contínuos.
População de baleias-francas em declínio acentuado
O número de baleias-francas caiu 25% na última década, colocando sua sobrevivência em risco. Antigamente, a caça comercial reduziu drasticamente a população desses animais. Atualmente, as mudanças climáticas agravam a situação ao alterar a temperatura dos oceanos, o que influencia as rotas de migração e alimentação das baleias. Isso frequentemente as leva a áreas onde não estão protegidas, aumentando as chances de colisões com navios ou de serem capturadas em redes de pesca.
A indústria e os conservacionistas enfrentam uma decisão desafiadora. É necessário proteger as baleias e, ao mesmo tempo, sustentar os empregos que dependem da lucrativa indústria de lagostas de Maine, avaliada em 460 milhões de dólares. Os envolvidos estão considerando novas ideias, como o uso de equipamentos de pesca sem cordas, que podem se tornar uma forma padrão de evitar novos acidentes.
Políticos, cientistas e pescadores devem trabalhar juntos para proteger a vida marinha enquanto apoiam a indústria pesqueira. Planos futuros precisam levar em conta o ambiente em mudança e os padrões migratórios das baleias, resultando em medidas de proteção flexíveis que se ajustem às necessidades desses animais. O conflito contínuo entre conservação e indústria exige atualizações rápidas nas práticas de pesca e ações políticas decisivas.
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