Decisão da Suprema Corte sobre regulamentação de bump stocks
São PauloOs bump stocks foram desenvolvidos no início dos anos 2000 e receberam aprovação do governo federal em 2010. O Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives (ATF) decidiu que armas equipadas com bump stocks não eram classificadas como metralhadoras ilegais de acordo com a lei federal.
O governo proibiu bump stocks em 2019, quando havia mais de 520 mil em uso.
Principais Eventos que Resultaram na Proibição:
- Em 2017, um homem utilizou dispositivos conhecidos como "bump stocks" em um tiroteio em massa em Las Vegas.
- Ele disparou mais de 1.000 tiros em 11 minutos, matando 60 pessoas e ferindo centenas.
- O atirador possuía 14 armas equipadas com bump stocks.
- Após o ataque, o ATF reconsiderou o status legal dos bump stocks.
- Em 2018, Trump apoiou o ATF na emissão de uma ordem para banir os dispositivos.
- Os proprietários de bump stocks tiveram até março de 2019 para entregar ou destruir os dispositivos.
A Suprema Corte decidiu hoje que o ATF não pode proibir os dispositivos conhecidos como bump stocks. Em uma decisão de 6 a 3, escrita pelo Ministro Clarence Thomas, o tribunal afirmou que os bump stocks não são metralhadoras, pois não permitem que as armas disparem mais de um tiro por cada puxada do gatilho.
O juiz Samuel Alito concordou com a maioria e escreveu sua própria opinião. Ele mencionou que o tiroteio em Las Vegas demonstrou a necessidade de proibir os bump stocks. Contudo, ele acreditava que apenas o Congresso poderia mudar a lei, e não a ATF através de suas regras.
Os três juízes liberais da corte discordaram da decisão. A ministra Sonia Sotomayor, em sua dissidência, afirmou que não há uma diferença significativa entre uma metralhadora e uma arma semiautomática com um bump stock.
Quinze estados e Washington, D.C. têm suas próprias proibições sobre bump stocks, e alguns podem ser afetados pela decisão da Suprema Corte. No entanto, a maioria das leis estaduais provavelmente permanecerá como está. A decisão se concentrou na regra do ATF e não abordou se as proibições estaduais são constitucionais, disse David Pucino, diretor jurídico do grupo de controle de armas Giffords.
Michael Cargill, dono de uma loja de armas no Texas, contestou a proibição através da New Civil Liberties Alliance. Ele comprou dois dispositivos bump stocks em 2018 e os entregou quando a proibição federal entrou em vigor. O caso não era sobre os direitos da Segunda Emenda dos proprietários de armas. Em vez disso, argumentava que a ATF havia excedido sua autoridade ao banir os bump stocks.
O Supremo Tribunal analisou o caso porque os tribunais inferiores apresentaram opiniões divergentes. A proibição foi mantida pelos tribunais de Cincinnati, Denver e Washington, D.C. No entanto, o tribunal de Nova Orleans, o 5º Tribunal de Apelações dos EUA, anulou a proibição. Em uma decisão de 13 a 3, a maioria afirmou que, de acordo com a lei, armas com bump stocks não podem ser consideradas metralhadoras.
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