Amazon desafia estrutura da NLRB em processo federal

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Por Bia Chacu
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Logotipo da Amazon versus prédio do NLRB com martelo e balança.

São PauloAmazon processa NLRB e alega irregularidades em votação sindical

A Amazon entrou com uma ação na justiça federal contra o National Labor Relations Board (NLRB), alegando ilegalidade na estrutura da agência. A empresa afirma que os membros do conselho não podem ser facilmente removidos pelo presidente, violando assim seus direitos a um processo justo e a um julgamento por júri. A ação também acusa o NLRB de influenciar indevidamente uma votação sindical em um armazém da Amazon em Staten Island, Nova York.

Mais cedo neste ano, promotores do NLRB acusaram a Amazon de ter políticas que dificultavam a organização dos trabalhadores e de punir aqueles que tentavam. A Amazon mencionou um processo de março de 2022, no qual o NLRB queria reintegrar um organizador sindical, alegando que era uma tentativa de influenciar a votação sindical. Apesar das objeções da Amazon, os trabalhadores ainda votaram a favor da representação sindical, marcando a primeira vez que isso aconteceu entre funcionários da Amazon nos EUA.

Amazon tomou recentemente medidas legais, levantando preocupações sobre a imparcialidade dos membros do conselho do NLRB. Esses membros não apenas autorizaram uma liminar contra a Amazon, como também analisaram os resultados das eleições posteriormente. A empresa considera isso um conflito de interesses e acredita que essa situação infringe seus direitos constitucionais.

Pontos-chave da reclamação da Amazon:

  • A proteção dos membros do conselho contra a demissão presidencial viola princípios constitucionais.
  • O duplo papel dos membros do conselho gera um conflito de interesses.
  • As ações do NLRB influenciaram indevidamente o resultado da eleição sindical.

Amazon, juntamente com empresas como SpaceX e Trader Joe’s, está questionando a estrutura do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB). Elas acreditam que a configuração atual dificulta a aplicação justa das leis trabalhistas. Kayla Blado, porta-voz do NLRB, afirmou que esses desafios consomem recursos da agência, mas apenas atrasam a justiça, em vez de impedi-la totalmente.

Jennifer Abruzzo, a Conselheira-Geral do NLRB nomeada pelo Presidente Biden, acredita que esses desafios legais visam distrair das supostas violações das leis trabalhistas pelas empresas. A Amazon está pedindo a um tribunal que interrompa os procedimentos administrativos do NLRB contra ela, alegando que são inconstitucionais.

Esse conflito jurídico levanta questões importantes sobre o equilíbrio entre a regulamentação governamental e os interesses empresariais. Ele também evidencia as divergências contínuas entre grandes empresas e agências governamentais que aplicam leis trabalhistas. Com a participação crescente de mais empresas, os resultados dessas ações judiciais podem impactar significativamente as relações de trabalho nos Estados Unidos.

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