Limite de preço em insulina não aumenta uso em pacientes diabéticos, diz estudo

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Por Ana Silva
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Frascos de insulina e cifrões com símbolo de capitólio estadual

São PauloPesquisadores da Universidade do Colorado Anschutz Medical Campus concluíram que os limites estaduais nos custos do bolso para insulina não aumentam significativamente o uso deste medicamento entre pacientes com diabetes. Ao analisar o uso de insulina em diferentes estados ao longo do tempo, verificaram que os pacientes com diabetes Tipo 1 e aqueles que usam insulina para tratar o Tipo 2 não solicitaram mais insulina após a implementação desses limites.

Principais descobertas:

  • Os limites impostos pelo governo não aumentam significativamente as solicitações de reembolso para insulina.
  • A maioria dos pacientes sob esses limites já pagava menos do próprio bolso.
  • Os limites se concentram em pacientes com seguro de saúde privado.

Estudo revela que tetos estaduais não tornam insulina acessível

Os tetos estaduais visam tornar a insulina mais acessível. No entanto, os resultados mostram que essas medidas não são suficientes. Muitos pacientes diabéticos ainda enfrentam altos custos, dificultando a adesão ao tratamento com insulina. A pesquisa analisou dados de mais de 33.000 pacientes usando um método robusto de diferença-em-diferenças. Comparou estados com e sem limites para custos diretos e constatou que mesmo os tetos mais generosos de $25-$35 não fizeram uma diferença significativa.

Dr. Kelly E. Anderson da Universidade do Colorado explica por que o uso de insulina não mudou. A maioria dos pacientes afetados pelo limite de preço já pagava menos do que o valor máximo estabelecido. Por isso, não houve aumento nas solicitações de insulina. O estudo destaca a importância de apoiar aqueles que realmente precisam. Pessoas sem seguro e com planos de alta franquia são as que mais sofrem com os altos custos da insulina.

A administração atual quer expandir esses limites em todo o país. Mas os formuladores de políticas precisam mudar sua abordagem. Limitar os custos da insulina para quem tem seguro comercial pode não resolver o problema do alto custo da insulina. Eles devem focar nas pessoas sem seguro e naquelas com planos de alta franquia. Além disso, expandir esses limites para cobrir outros medicamentos caros, como GLP-1s e SGLT-2s, poderia ajudar mais pacientes. A maioria dos pacientes com diabetes tipo 1 precisa de insulina, mas apenas alguns pacientes com tipo 2 utilizam. Incluir outros tipos de medicamentos pode tornar essas políticas mais eficazes.

Limites de preço para a insulina impostos pelo estado visam reduzir os custos, mas não necessariamente aumentam o uso de insulina. Os formuladores de políticas devem se concentrar em criar medidas que ajudem especificamente aqueles que mais sofrem com os custos da insulina. O objetivo deve ser apoiar essas pessoas, em vez de apenas aplicar limites de preço amplos. Essa abordagem pode tornar o gerenciamento do diabetes mais acessível.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1377/hlthaff.2024.00118

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Kelly E. Anderson, Nathorn Chaiyakunapruk, Eric J. Gutierrez, H. Weston Schmutz, Michael R. Rose, Diana Brixner, R. Brett McQueen. State Out-Of-Pocket Caps On Insulin Costs: No Significant Increase In Claims Or Utilization. Health Affairs, 2024; 43 (8): 1137 DOI: 10.1377/hlthaff.2024.00118
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