Empresas e países pressionam UE por regras justas

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Por Alex Morales
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Floresta densa com sobreposição de bandeira da União Europeia desbotada.

São PauloUnião Europeia Impõe Regras Rigorosas Contra o Desmatamento

A União Europeia implementou uma nova regulamentação para controlar a venda de produtos associados ao desmatamento. Agora, empresas que desejam comercializar no bloco europeu devem provar que seus produtos não provêm de áreas desmatadas após 1º de janeiro de 2021. Essa regra trouxe desafios adicionais para muitos grupos, resultando em pedidos de alterações ou adiamentos na sua aplicação.

Principais pontos da regulamentação incluem:

  • Todas as empresas, independentemente do tamanho, devem seguir padrões de abastecimento livre de desmatamento.
  • Penalidades financeiras e acesso ao mercado europeu restrito em caso de não conformidade.
  • Um sistema de classificação para categorizar países pelo risco de não cumprir as normas.

Comissão Europeia propõe novas datas para implementação de regras

A Comissão Europeia está buscando resolver alguns problemas atuais. A proposta é alterar as datas de início, estabelecendo dezembro de 2025 para grandes empresas e junho de 2026 para as menores, desde que os países membros da UE e o parlamento concordem. Algumas nações e empresas acreditam que as regras vigentes podem atrapalhar o comércio, prejudicar pequenos agricultores e criar novas barreiras comerciais.

Países como Brasil, Indonésia e Costa do Marfim, que são grandes exportadores de produtos como óleo de palma, sentem que a regulamentação pode não levar em conta suas situações específicas, incluindo suas próprias leis e sistemas de certificação. Eles argumentam que, enquanto a UE busca impor padrões ambientais globais, isso pode, sem querer, perturbar o princípio acordado em tratados internacionais de que as responsabilidades devem ser compartilhadas, mas de maneiras diferentes para cada país.

Líderes da União Europeia, como o chanceler alemão Olaf Scholz, estão relutantes quanto a novas regulamentações. Vários países, incluindo a Áustria, querem tornar as regras menos rígidas, pois acreditam que elas não abordam completamente as questões globais de comércio e se as empresas estão prontas para essas mudanças. Uma preocupação importante é que muitas empresas europeias não estão igualmente preparadas, o que poderia causar rupturas nas cadeias de suprimento caso não consigam demonstrar conformidade com as regras a tempo.

Um dos principais desafios é a falta de clareza nas regras de conformidade. Essa confusão não só deixa os exportadores inseguros, mas também afeta empresas europeias que precisam de orientações específicas para seguir os novos padrões. Essa incerteza pode causar problemas comerciais e aumentar os preços para os consumidores da UE. As empresas que lidam com bens relacionados a florestas provavelmente terão que investir significativamente na transparência de suas cadeias de suprimentos, o que pode ser complicado, especialmente para negócios menores.

O debate atual revela a tensão entre metas ambientais e interesses econômicos, destacando a complexa relação entre o comércio global e as normas ambientais. A UE precisa lidar com essas questões, equilibrando seus objetivos ecológicos com as relações econômicas, garantindo que os esforços para reduzir o desmatamento não prejudiquem o comércio e o desenvolvimento internacional.

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