Descobertas na superfície de Polaris revelam novos mistérios astronômicos

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Por João Silva
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Estrela Polaris exibindo manchas brilhantes e escuras na superfície.

São PauloCientistas do CHARA Array da Universidade Estadual da Geórgia descobriram novos detalhes sobre a estrela Polaris. Utilizando a matriz de interferometria óptica CHARA, eles capturaram imagens de perto da Estrela do Norte e identificaram grandes manchas brilhantes e escuras em sua superfície.

Polaris: a Estrela Guia do Firmamento

Polaris é uma estrela essencial para navegação e estudos científicos. Ela é a mais brilhante de um sistema estelar triplo e pertence a uma categoria chamada de variável Cefeida. As variáveis Cefeidas são fundamentais para os astrônomos medirem distâncias no espaço, pois seu brilho varia de uma forma que está relacionada à sua luminosidade real. Ao analisar essas variações, os astrônomos podem determinar distâncias e entender a velocidade de expansão do universo.

Principais descobertas da pesquisa incluem que a Polaris é uma estrela variável do tipo Cefeida, pulsando em um ciclo de quatro dias. Ela faz parte de um sistema estelar triplo. Imagens detalhadas de sua superfície foram capturadas pelo CHARA Array. A estrela possui manchas claras e escuras que mudam ao longo do tempo.

Equipe de Nancy Evans do CfA | Harvard & Smithsonian mapeia órbita de companheiro de Polaris

A equipe liderada por Nancy Evans no Center for Astrophysics | Harvard & Smithsonian utilizou a CHARA Array para mapear a órbita de um companheiro próximo de Polaris. Esse companheiro orbita Polaris a cada 30 anos. As medições mostraram que Polaris tem uma massa cinco vezes maior que a do Sol e um diâmetro 46 vezes maior.

Estudo Descobre Manchas na Superfície de Polaris

O estudo identificou, pela primeira vez, manchas na superfície de Polaris, uma estrela variável Céfeida. Essa descoberta levanta novas questões sobre a rotação e estrutura da estrela. As manchas e a rotação da estrela parecem estar relacionadas a uma variação de velocidade de 120 dias.

A câmera MIRC-X, desenvolvida por astrônomos da Universidade de Michigan e da Universidade de Exeter, foi crucial para capturar esses detalhes. Combinando a luz de seis telescópios no Mount Wilson, a CHARA Array funcionou como um único telescópio de 330 metros, permitindo que os astrônomos observassem detalhes muito minuciosos.

Pesquisas futuras buscarão compreender a natureza e a formação dessas manchas na superfície. Esta descoberta avança os estudos sobre variáveis Cefeidas e pode melhorar os modelos de comportamento e evolução estelar. O programa de acesso aberto do CHARA Array, apoiado pelo NOIRLab e pela Fundação Nacional de Ciências, continuará a sustentar descobertas importantes sobre estrelas como Polaris.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.3847/1538-4357/ad5e7a

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Nancy Remage Evans, Gail H. Schaefer, Alexandre Gallenne, Guillermo Torres, Elliott P. Horch, Richard I. Anderson, John D. Monnier, Rachael M. Roettenbacher, Fabien Baron, Narsireddy Anugu, James W. Davidson, Pierre Kervella, Garance Bras, Charles Proffitt, Antoine Mérand, Margarita Karovska, Jeremy Jones, Cyprien Lanthermann, Stefan Kraus, Isabelle Codron, Howard E. Bond, Giordano Viviani. The Orbit and Dynamical Mass of Polaris: Observations with the CHARA Array. The Astrophysical Journal, 2024; 971 (2): 190 DOI: 10.3847/1538-4357/ad5e7a
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