Diagnóstico de pneumonia em hospitais muda frequentemente, aponta estudo inovador com IA

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Por João Silva
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Prontuário hospitalar com diagnóstico de pneumonia sendo atualizado digitalmente.

São PauloHospitais enfrentam dificuldades no diagnóstico de pneumonia, aponta estudo com tecnologia de IA

Estudo recente utilizando tecnologia de IA revela que os hospitais frequentemente enfrentam dificuldades no diagnóstico de pneumonia. Pesquisadores analisaram mais de 2 milhões de visitas hospitalares e descobriram que o diagnóstico de pneumonia mudou mais da metade das vezes desde a chegada dos pacientes até a alta hospitalar. Isso dificulta o manejo adequado do tratamento por médicos e pacientes.

Principais descobertas do estudo incluem:

  • Cerca de 40% dos diagnósticos iniciais de pneumonia foram alterados.
  • Um terço dos pacientes com pneumonia não recebeu esse diagnóstico ao entrar no hospital.
  • Médicos demonstraram incerteza sobre os diagnósticos de pneumonia nas anotações clínicas em mais da metade dos casos.

Diagnosticar pneumonia muitas vezes é difícil porque seus sintomas são parecidos com os de outras doenças respiratórias, como bronquite, gripe ou insuficiência cardíaca. Esta semelhança dificulta a identificação da pneumonia sem a realização de diversos exames, que podem demorar. Durante esse tempo, os médicos podem precisar ajustar tratamentos, complicando ainda mais o diagnóstico rápido da pneumonia.

O estudo indica que pode ser necessário revisar as pesquisas atuais sobre o tratamento da pneumonia. Muitas pesquisas partem do pressuposto de que os diagnósticos iniciais e os de alta são iguais, mas este estudo revela que frequentemente não são. Isso pode significar que não estamos medindo com precisão a eficácia dos tratamentos para pneumonia. Pesquisadores e profissionais de saúde talvez precisem mudar a forma como realizam os estudos para levar em conta essas diferenças diagnósticas.

Médicos e pacientes precisam estar preparados para mudanças no diagnóstico durante o tratamento. O estudo mostrou que pacientes que foram diagnosticados com pneumonia mais tarde, em vez de mais cedo, apresentaram piores resultados de saúde. Isso significa que os médicos devem verificar regularmente os sintomas e estar prontos para ajustar os planos de tratamento à medida que obtêm novas informações.

Barbara Jones, MD, MSCI, da Universidade de Utah Health, liderou um estudo que analisou registros médicos de mais de 100 hospitais de Assuntos de Veteranos. Usando ferramentas de IA, ela descobriu diferenças entre os diagnósticos iniciais e finais de pneumonia. Seus achados ressaltam a importância de manter-se flexível ao diagnosticar e tratar condições respiratórias.

Os resultados do estudo ressaltam a necessidade de atenção criteriosa no diagnóstico e tratamento da pneumonia. Os médicos devem considerar tanto os primeiros sintomas quanto a possibilidade de outras complicações de saúde, adotando uma abordagem flexível no cuidado aos pacientes. Os próprios pacientes devem se manter informados e consultar seus médicos caso não apresentem melhoria, em vez de confiar apenas no diagnóstico inicial.

Diagnóstico de Pneumonia nos Hospitais: Desafios e Necessidades

Diagnosticar pneumonia nos hospitais é uma tarefa complexa. Este estudo demonstra que o tratamento médico precisa ser adaptável. Além disso, ressalta a necessidade de melhores métodos para diagnosticar pneumonia e de pesquisas mais confiáveis.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.7326/M23-2505

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Barbara E. Jones, Alec B. Chapman, Jian Ying, Elizabeth D. Rutter, McKenna R. Nevers, Alden Baker, Nathan C. Dean, Megan L. Fix, Hardeep Singh, Karen S. Cosby, Peter A. Taber, Charlene D. Weir, Makoto M. Jones, Matthew H. Samore, Jorie M. Butler. Diagnostic Discordance, Uncertainty, and Treatment Ambiguity in Community-Acquired Pneumonia. Annals of Internal Medicine, 2024; DOI: 10.7326/M23-2505
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