Estudo preciso do comportamento de camundongos com menos animais graças à IA inovadora

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Alex Morales
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Camundongos interagindo com ferramentas de análise de comportamento baseadas em IA.

São PauloPesquisadores da ETH Zurich desenvolveram uma nova metodologia para estudar o comportamento de camundongos utilizando inteligência artificial. Este método diminui a quantidade de animais necessários para experimentos. É um avanço significativo em direção a um cuidado melhor com os animais e a uma pesquisa mais eficiente, alinhando-se aos princípios de substituir, reduzir e refinar o uso de animais em estudos. Com a ajuda da IA para analisar comportamentos automaticamente, cientistas agora conseguem obter resultados mais precisos com menos animais.

Características principais do método incluem:

  • Análise comportamental automatizada utilizando visão computacional e inteligência artificial
  • Capacidade de detectar diferenças comportamentais sutis
  • Redução no número de animais necessários
  • Foco em transições comportamentais

O método analisa gravações de vídeo de camundongos de laboratório para compreender seu bem-estar e estresse. Ele observa mudanças em seu comportamento, como a transição de uma atitude curiosa para uma cautelosa, a fim de coletar informações importantes. Por exemplo, um camundongo que muda de comportamento com frequência pode estar ansioso, enquanto um que mantém um comportamento consistente pode estar mais calmo. Essas mudanças de comportamento são simplificadas em um valor único, fortalecendo a análise estatística.

Esta técnica auxilia os pesquisadores a compreender como o cérebro lida com o estresse. Com esse conhecimento, novos tratamentos para problemas relacionados ao estresse em humanos podem ser desenvolvidos. Cientistas empregaram este método para observar como o estresse afeta os camundongos de diferentes maneiras, seja ele de curto ou longo prazo, identificando conexões com atividades cerebrais específicas.

A utilização deste método analítico oferece várias vantagens. Facilita a comparação de resultados entre diferentes estudos ao seguir as mesmas normas padronizadas. Essa consistência também garante que outros pesquisadores possam replicar os estudos e obter resultados semelhantes, algo que muitas vezes é um desafio na pesquisa comportamental.

O trabalho realizado na ETH Zurich está abrindo caminho para futuras pesquisas ao promover estudos éticos com animais. Eles criaram o 3R Hub para ajudar pesquisadores a adotar métodos que melhoram o bem-estar animal e impulsionam a pesquisa biomédica. Esse suporte é essencial para laboratórios que enfrentam dificuldades com novas abordagens 3R, pois estas podem ser complexas.

IA ajuda a diminuir o uso de animais em experimentos, ao mesmo tempo em que coleta dados de qualidade. Essa abordagem aprimora a qualidade da pesquisa e as práticas éticas.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41592-024-02500-6

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Lukas M. von Ziegler, Fabienne K. Roessler, Oliver Sturman, Rebecca Waag, Mattia Privitera, Sian N. Duss, Eoin C. O’Connor, Johannes Bohacek. Analysis of behavioral flow resolves latent phenotypes. Nature Methods, 2024; DOI: 10.1038/s41592-024-02500-6
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