Novo estudo: moléculas identificam proteínas cancerígenas com precisão sem afetar células saudáveis

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Por João Silva
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Moléculas coloridas direcionando proteínas cancerígenas nas células.

São PauloCientistas do NYU Langone Health e do Perlmutter Cancer Center desenvolveram um novo medicamento promissor que ataca versões mutadas de proteínas cancerígenas, especificamente a HER2, sem afetar as versões normais. Isso pode resultar em tratamentos de câncer que causem menos danos às células saudáveis, abordando uma grande limitação de muitas terapias atuais.

A proteína HER2 desempenha um papel no crescimento celular, mas quando ela sofre mutações, pode provocar câncer ao promover a divisão excessiva das células. Alguns tratamentos não conseguem diferenciar entre a HER2 mutante e a normal, o que pode danificar células saudáveis. Os pesquisadores estão desenvolvendo anticorpos que podem especificamente identificar e se ligar à proteína HER2 mutante sem afetar as células normais.

Aspectos essenciais desta pesquisa incluem:

  • Projetar anticorpos que identificam uma única alteração de aminoácido na proteína HER2.
  • Usar criomicroscopia eletrônica para aprimorar o design dos anticorpos através da compreensão das interações espaciais.
  • Desenvolver um engajador biespecífico de células T, que conecta o HER2 mutante às células T para combater e destruir células cancerosas.

Este estudo apresenta uma nova abordagem para direcionar células cancerígenas com mais precisão. Utiliza engajadores biespecíficos de células T como um novo método de tratamento. Ao conectar um anticorpo que se liga ao HER2 mutante e outro que ativa as células T, este método potencializa a capacidade do sistema imunológico de combater tumores.

O método ajudou a reduzir o crescimento de tumores em camundongos com mutações HER2 sem causar perda de peso ou doenças, indicando que possui poucos efeitos colaterais. Contudo, ainda existem desafios, como as diferenças entre proteínas humanas e de camundongos, o que pode influenciar a eficácia desse tratamento em pessoas. As pesquisas futuras se concentrarão em aprimorar o tratamento e investigar se ele pode ser aplicado a outras proteínas relacionadas ao câncer.

O estudo revela que a engenharia de anticorpos pode auxiliar na criação de tratamentos médicos mais precisos. Ao desenvolver anticorpos que se concentram em mutações específicas, os cientistas podem aprimorar os tratamentos contra o câncer. Essa abordagem pode resultar em terapias mais eficazes e seguras para os pacientes, melhorando significativamente seus resultados.

A colaboração com a Black Diamond Therapeutics e o financiamento do Instituto Nacional de Saúde ressaltam a relevância desta pesquisa na melhoria dos tratamentos contra o câncer. Esta descoberta pode revolucionar nosso combate ao câncer, colocando ênfase em métodos precisos na medicina atual.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41589-024-01751-w

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Injin Bang, Takamitsu Hattori, Nadia Leloup, Alexis Corrado, Atekana Nyamaa, Akiko Koide, Ken Geles, Elizabeth Buck, Shohei Koide. Selective targeting of oncogenic hotspot mutations of the HER2 extracellular domain. Nature Chemical Biology, 2024; DOI: 10.1038/s41589-024-01751-w
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