Desafio da paridade: von der Leyen e o fenômeno 'Raining Men'

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Alex Morales
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Balanças equilibrando símbolos de gênero masculino e feminino igualmente.

São PauloUrsula von der Leyen enfrenta dificuldades para alcançar sua meta de ter igualdade de gênero na Comissão Europeia. Embora a União Europeia seja conhecida por apoiar a igualdade entre homens e mulheres, as regras atuais impedem que ela escolha os comissários por conta própria. Cada país membro nomeia seu próprio candidato, e muitos ignoraram o pedido de von der Leyen para indicarem tanto um homem quanto uma mulher.

Principais desafios enfrentados por Ursula von der Leyen:

  • Indicações influenciadas por política nacional
  • Falta de candidatas femininas
  • Direitos legais dos estados membros

O problema principal é que o processo de nomeação é fortemente influenciado pela política nacional. Governos e parlamentos nos estados membros frequentemente escolhem candidatos baseados em suas próprias necessidades políticas, em vez de focarem nas preocupações do conjunto da UE. Isso dificulta a tarefa de von der Leyen de alcançar um equilíbrio igualitário entre homens e mulheres na Comissão.

Poucas mulheres são candidatas: um problema?

A quantidade reduzida de mulheres candidatas é preocupante. Alguns países afirmam selecionar a pessoa mais qualificada para o cargo, o que frequentemente resulta na escolha de um homem. Por exemplo, a Irlanda escolheu seu ministro das Finanças, Michael McGrath, por considerá-lo o mais capacitado.

Von der Leyen iniciou com 21 homens como possíveis comissários, o que favoreceria significativamente os homens na Comissão, algo que não acontecia há 20 anos. Ela tem se empenhado para reduzir esse número. Recentemente, a Bélgica nomeou a Ministra das Relações Exteriores Hadja Lahbib em vez do comissário da Justiça cessante Didier Reynders, trazendo esperança de uma melhor igualdade de gênero.

Os esforços de Von der Leyen são notáveis, mas as regras atuais da UE e os poderes de decisão nacionais representam grandes desafios. A presença de líderes como Roberta Metsola no cargo de Presidente do Parlamento Europeu e Kaja Kallas como Chefe de Política Externa mostra avanços. No entanto, alcançar o mesmo nível de igualdade de gênero na Comissão Europeia ainda é muito difícil.

A lista de comissários ainda precisa da aprovação final do Parlamento Europeu, onde os candidatos podem ser rejeitados. As discussões sobre isso devem continuar durante grande parte de setembro e serão significativas. Von der Leyen está em constante contato com líderes dos estados membros para discutir e apoiar seus planos.

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