Impacto invisível: Programas de retorno ao trabalho sob análise em novo estudo sobre mulheres

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Por João Silva
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'Um calendário cheio de compromissos com cifrões em cima.'

São PauloEstudo Revela Custos Inesperados para Mulheres em Programas de Retorno ao Trabalho

Uma pesquisa indica que os programas de retorno ao trabalho podem acarretar custos inesperados para as mulheres. O estudo analisa mulheres que voltam ao mercado de trabalho após uma pausa por motivos familiares. Esses programas facilitam o retorno das mulheres aos seus empregos, mas também apresentam alguns desafios.

Principais Descobertas:

  • O suporte aos programas auxilia a atenuar o estigma da lacuna na carreira.
  • Mulheres enfrentam rebaixamento ocupacional.
  • Progressão limitada na carreira continua, especialmente no setor privado.

Apesar do apoio a esses programas, eles não enfrentam completamente a discriminação contínua. A Dra. Cecile Guillaume e sua equipe da Surrey Business School identificaram um problema. Esses programas reduzem o estigma inicial, mas não resolvem questões mais profundas. Mulheres que retornam ao trabalho frequentemente encontram cargos inferiores e menos oportunidades de crescimento na carreira.

Dr. Guillaume afirmou que os programas de retorno ao trabalho ajudam as mulheres a reingressarem no mercado, mas apresentam desafios. Embora esses programas abordem as dificuldades iniciais enfrentadas por elas, não resolvem problemas maiores que levam as mulheres a aceitar cargos inferiores e interromper seu crescimento profissional.

O estudo revelou que mulheres retornando a empregos no setor privado enfrentam mais desafios. Programas de reintegração auxiliam oferecendo coaching, mentoria e acesso a redes profissionais, o que apoia as mulheres na retomada de suas carreiras. Apesar desse suporte, ainda existem custos ocultos que precisam ser considerados.

Participantes tiveram que gastar bastante dinheiro para aderir a esses programas. Elas pagaram por treinamento para entrevistas e por certificações profissionais. Esses custos complicaram ainda mais a situação. Mesmo após reentrarem no mercado de trabalho, as mulheres ainda enfrentaram problemas de carreira a longo prazo.

O estudo do Dr. Guillaume destaca que tanto as estratégias pessoais quanto as do ambiente de trabalho têm suas limitações. Essas táticas ajudam as mulheres a lidar com situações diárias no trabalho, mas não resolvem as questões mais amplas de desigualdade de gênero.

Um estudo da Associação Sociológica Britânica aponta que programas de retorno são apenas um passo em direção a um ambiente de trabalho igualitário. Precisamos de várias estratégias para abordar tanto dificuldades pessoais quanto questões sociais mais amplas, a fim de tornar os locais de trabalho mais justos.

O estudo aborda não apenas os obstáculos, mas também os custos ocultos desses programas. Muitos participantes não previam os investimentos financeiros necessários, como os gastos com certificações e treinamentos. A pesquisa também revela que, embora muitas mulheres retornem ao mercado de trabalho, elas frequentemente enfrentam impactos negativos a longo prazo em suas carreiras.

Os pesquisadores indicam que são necessárias melhores soluções. Precisamos implementar grandes mudanças sociais e estruturais. Somente assim as mulheres poderão ter carreiras verdadeiramente justas. O estudo analisa de perto tanto os aspectos positivos quanto as limitações dos programas de retorno ao trabalho e destaca a necessidade de mais soluções sistêmicas para mudanças duradouras.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1177/00380385241257480

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Cécile Guillaume, Gill Kirton, Carole Elliott. The Fate of Being a ‘Distressed Asset’: Insights into Women Returners’ Experiences in the UK. Sociology, 2024; DOI: 10.1177/00380385241257480
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