Estudo revela desaparecimento dos recifes de ostras na Europa
São PauloPesquisas recentes revelam que a maioria dos recifes de ostras na Europa foi destruída ao longo dos últimos cem anos. Estudos baseados em documentos dos séculos XVIII e XIX demonstraram que as ostras planas nativas europeias formavam grandes recifes importantes para a vida marinha. Esta pesquisa, liderada pelas universidades de Exeter e Edimburgo, destaca que a sobrepesca e atividades humanas foram responsáveis pelo desaparecimento desses recifes de ostras.
Os resultados destacam a importância vital dos recifes de ostras para o meio ambiente.
- Abriu espaço para quase 200 espécies de peixes e crustáceos.
- Contribuiu para a estabilização das linhas costeiras.
- Promoveu a ciclagem de nutrientes nos ecossistemas marinhos.
- Foi capaz de filtrar até 200 litros de água por ostra a cada dia.
A maioria dos recifes desapareceram, restando apenas algumas ostras. A perda desses recifes diminui a diversidade marinha e afeta os serviços que ofereciam, como a purificação da água e a estabilização da linha costeira. Esses papéis são cruciais tanto para as criaturas do mar quanto para as pessoas que vivem ao longo da costa.
Projeto para Restauração das Ostras Selvagens precisa de Apoio Global
O Projeto de Ostras Selvagens, liderado pela Sociedade Zoológica de Londres, iniciou atividades para restaurar ecossistemas importantes. Estes projetos buscam revitalizar a natureza em pequena escala. Pesquisadores afirmam que é necessário mais apoio de governos e organizações internacionais para causar um impacto expressivo.
Governos precisam estabelecer normas que reconheçam a importância crucial dos recifes de ostras para a economia e o meio ambiente. É fundamental que trabalhem ativamente na redução da pesca predatória e da poluição que estão prejudicando esses recifes. Além disso, os tomadores de decisão devem considerar a recompensa para aqueles que protegem o meio ambiente, bem como incentivar práticas de cultivo de ostras que contribuam para a regeneração dos recifes ao invés de danificá-los.
Recifes de ostras estão desaparecendo, e isso deve nos incentivar a agir para protegê-los. Os esforços para restaurar esses recifes podem ajudar a trazê-los de volta e aprender com erros passados. Temos uma oportunidade real de reconstruí-los para que as futuras gerações possam desfrutar dos benefícios que esses recifes já proporcionaram.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.1038/s41893-024-01441-4e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Ruth H. Thurstan, Hannah McCormick, Joanne Preston, Elizabeth C. Ashton, Floris P. Bennema, Ana Bratoš Cetinić, Janet H. Brown, Tom C. Cameron, Fiz da Costa, David W. Donnan, Christine Ewers, Tomaso Fortibuoni, Eve Galimany, Otello Giovanardi, Romain Grancher, Daniele Grech, Maria Hayden-Hughes, Luke Helmer, K. Thomas Jensen, José A. Juanes, Janie Latchford, Alec B. M. Moore, Dimitrios K. Moutopoulos, Pernille Nielsen, Henning von Nordheim, Bárbara Ondiviela, Corina Peter, Bernadette Pogoda, Bo Poulsen, Stéphane Pouvreau, Callum M. Roberts, Cordula Scherer, Aad C. Smaal, David Smyth, Åsa Strand, John A. Theodorou, Philine S. E. zu Ermgassen. Records reveal the vast historical extent of European oyster reef ecosystems. Nature Sustainability, 2024; DOI: 10.1038/s41893-024-01441-414 de novembro de 2024 · 06:06
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