CEO da Stellantis aposta em nova estratégia para reverter vendas

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Logo da Stellantis com gráfico de vendas em alta e globo.

São PauloCarlos Tavares, CEO da Stellantis, enfrenta grandes desafios de vendas na Europa e nos Estados Unidos. Para se recuperar, a empresa está planejando abordar diversas questões para melhorar sua situação. A Stellantis está lidando com a redução de vendas nos EUA e com a forte concorrência de fabricantes chineses de carros elétricos na Europa. Para atingir sua meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 55% até 2030, a Stellantis pretende ampliar sua linha de veículos elétricos, apesar da diminuição dos subsídios na UE.

Principais estratégias e desafios enfrentados pela Stellantis incluem:

  • Diminuir os estoques excedentes de concessionárias nos EUA. A Stellantis planeja reduzir os estoques de mais de 430.000 unidades em junho para menos de 350.000 antes do Natal.
  • Implementar um novo plano de marketing com incentivos para combater os altos preços dos veículos, embora os esforços iniciais não tenham atingido o esperado.
  • Lidar com disputas trabalhistas com sindicatos, incluindo uma possível greve de um dia na Itália e a ameaça de greves pelos United Auto Workers nos EUA.
  • Desenvolver modelos de veículos acessíveis à medida que o mercado se direciona para consumidores mais preocupados com o orçamento.

Stellantis enfrenta um grande desafio com sua atual linha de veículos, que não oferece muitas opções acessíveis para consumidores preocupados com o orçamento. Durante a escassez de chips, os consumidores compraram carros mais caros. Com o fim da escassez, os compradores voltam a buscar veículos mais baratos. Com as taxas de juros ainda elevadas, os clientes desejam transporte prático e econômico. A Stellantis tem demorado a se adaptar a essa mudança.

Título: Stellantis Busca Estratégias de Longo Prazo em Meio a Desafios Financeiros

A empresa está buscando novas ideias já que está enfrentando dificuldades financeiras. Nos primeiros seis meses do ano, a Stellantis registrou uma queda de 48% nos lucros líquidos, o que levou à revisão para baixo de suas previsões financeiras para o ano inteiro. A expectativa agora é encerrar o ano com fluxo de caixa negativo, algo que diverge das metas iniciais. Por isso, Tavares está focado em mudanças estratégicas de longo prazo, como melhorar a colaboração entre suas diversas marcas e regiões, além de aplicar as lições aprendidas dos êxitos anteriores com a Peugeot e a Opel.

Stellantis enfrenta dificuldades com as relações trabalhistas. Os sindicatos exigem compromissos que a empresa não pode cumprir no momento devido às mudanças nas demandas do mercado. O atraso na reabertura da fábrica em Belvidere, Illinois, descontentou os trabalhadores da United Auto Workers. Além disso, há conflitos sobre os turnos de produção, resultando em queixas e processos judiciais.

Stellantis enfrenta desafios imediatos, mas está trabalhando para melhorar seu estoque, sua estratégia de marketing e para estabelecer novas parcerias, visando aprimoramentos graduais. Para garantir êxito a longo prazo, a empresa também precisa ajustar seus produtos às exigências de uma base de clientes em transformação.

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