Revelação do enriquecimento de urânio na Coreia do Norte: impactos globais

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Por Alex Morales
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Instalação nuclear norte-coreana com equipamentos de enriquecimento de urânio.

São PauloCoreia do Norte Exibe Instalação de Enriquecimento de Urânio

A Coreia do Norte revelou sua instalação de enriquecimento de urânio, equipada com cerca de 1.000 centrífugas. Essas centrífugas podem produzir anualmente de 20 a 25 quilos de urânio, suficiente para fabricar uma bomba nuclear. Esta é a primeira demonstração pública desde 2010, quando pesquisadores de Stanford visitaram a instalação de Yongbyon. A notícia gerou preocupação, pois Kim Jong-un acelera seus planos nucleares enquanto as negociações com os EUA e a Coreia do Sul permanecem paralisadas.

Pontos Cruciais sobre a Capacidade Nuclear da Coreia do Norte:

  • A capacidade de centrifugação da Coreia do Norte é mais fácil de ocultar do que as instalações de plutônio.
  • A produção anual potencial poderia gerar combustível suficiente para 12 a 18 bombas.
  • Até 2027, a Coreia do Norte poderia acumular combustível para cerca de 200 bombas.
  • A atividade contínua em Yongbyon e um anexo no complexo de Kangson são notáveis.

Especialistas internacionais e autoridades estão analisando minuciosamente as imagens da Coreia do Norte. Ainda não está claro se o país fez avanços significativos na sua tecnologia de combustível para bombas. No entanto, a iniciativa indica um perigo crescente, já que a Coreia do Norte busca melhorar suas capacidades nucleares. Recentes declarações de Kim Jong-un pedindo o aumento do arsenal nuclear mostram um esforço estratégico contra ameaças percebidas dos EUA.

O programa de enriquecimento de urânio da Coreia do Norte preocupa seus rivais porque o urânio é mais fácil de esconder e não emite radiação detectável como o plutônio. Isso torna mais difícil para os satélites identificarem. Especialistas acreditam que a Coreia do Norte pode ter cerca de 10.000 centrífugas, permitindo a produção de material suficiente para fabricar mais bombas a cada ano.

Rafael Grossi, da Agência Internacional de Energia Atômica, relatou atividades contínuas em Yongbyon e Kangson. Ele mencionou ter visto água saindo do reator de água leve de Yongbyon e outros indícios de que a instalação de enriquecimento está operando. O reator de água leve pode auxiliar o reator de 5 megawatts na produção de plutônio de grau militar.

Em 2018, o ex-presidente dos EUA, Trump, tentou negociar com Kim para reduzir o programa nuclear da Coreia do Norte. No entanto, as conversas fracassaram em 2019 porque as exigências norte-coreanas para a suspensão das sanções não foram atendidas. Desde então, não houve progresso na diplomacia. Kim continua a avançar com sua agenda nuclear, visando forçar os EUA a reconhecerem a Coreia do Norte como uma potência nuclear e negociar a partir de uma posição mais forte.

A comunidade internacional está bastante apreensiva. A Coreia do Norte pode realizar ações como lançar mísseis ou conduzir testes nucleares, especialmente durante eleições nos EUA. Tais medidas poderiam aumentar as tensões e dificultar a diplomacia.

Em 2015, o programa nuclear do Irã levou a um acordo significativo, mas ele desmoronou em 2018 quando os EUA se retiraram. As ações recentes da Coreia do Norte também destacam a natureza difícil e complexa das negociações nucleares.

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