Novo estudo: aquecimento interrompe colaboração vital entre organismos microscópicos

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Por Alex Morales
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"Organismos minúsculos lutando em ambientes de água doce em aquecimento."

São PauloCientistas da Universidade de Exeter descobriram que o aumento da temperatura impede a cooperação entre dois pequenos organismos. Eles estudaram o Paramecium bursaria, um organismo unicelular que abriga algas Chlorella. Essa relação é crucial para a troca de nutrientes e a proteção das algas. O estudo revelou que um aumento de 5°C na temperatura da água impede que esses organismos trabalhem juntos.

Pesquisadores observaram:

  • A fotossíntese líquida chegou a zero.
  • A eficiência no uso de carbono diminuiu drasticamente.
  • As algas passaram a viver de forma independente.

O estudo revela um problema maior. Altas temperaturas podem tornar as algas prejudiciais, impactando significativamente importantes ecossistemas, tanto de água doce como marinhos. O Dr. Ben Makin do Instituto de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Exeter destacou os efeitos amplos dessa mudança, observando que relações semelhantes sustentam cerca da metade da fotossíntese marinha. Os recifes de corais, por exemplo, dependem fortemente dessas interações.

Os pesquisadores realizaram o experimento mantendo os organismos a 25°C, temperatura típica de seu habitat natural. Eles também testaram outros grupos a 20°C e 30°C por 295 dias. Os resultados foram preocupantes. Em água mais quente, a relação mutualística se desfez. A maioria das algas não permaneceu dentro das células hospedeiras, e sua fotossíntese parou, o que significa que elas não forneciam mais energia aos seus hospedeiros. Em vez disso, as algas começaram a usar nitrogênio inorgânico da água e viveram de forma independente.

O estudo também investigou como esses organismos poderiam se adaptar a altas temperaturas ao longo do tempo. Eles conseguiram crescer melhor em temperaturas elevadas. No entanto, não conseguiram manter a sua relação simbiótica intacta.

Esta pesquisa é crucial, pois nos auxilia a compreender questões complexas, orienta estudos futuros e oferece informações valiosas que podem melhorar práticas e políticas.

Mudanças Climáticas Ameaçam Relações Ecológicas Essenciais

A mudança climática está colocando em risco as relações ecológicas existentes. As relações fotosimbióticas, vitais para os organismos que dependem mutuamente da fotossíntese, são de extrema importância nos ecossistemas globais. Além disso, trazem à tona como o aumento das temperaturas pode impactar essas parcerias ao longo do tempo.

O Dr. Makin esclarece que o aumento das temperaturas pode prejudicar as relações benéficas entre os organismos. Isso é particularmente negativo para os recifes de coral, que dependem dessas parcerias. Com o aquecimento da água, o fenômeno de branqueamento dos corais pode se tornar mais frequente, gerando sérios problemas para a vida marinha.

Minha análise dos dados evidencia a necessidade urgente de enfrentarmos as mudanças climáticas. As relações fotos­simbióticas são mais frágeis do que imaginávamos. A perda dessas relações pode prejudicar ecossistemas locais e impactar processos globais, como a fotossíntese marinha. Este estudo nos lembra que o aquecimento pode causar diversos efeitos graves, e não apenas os imediatos e óbvios.

Esses resultados nos fazem refletir sobre as mudanças ambientais a longo prazo. Embora a ideia possa parecer incerta, as evidências indicam que o aquecimento global pode perturbar outras parcerias importantes na natureza. É crucial que todos no campo biológico fiquem atentos. Desenvolver rapidamente estratégias para combater as mudanças climáticas pode ajudar a proteger esses relacionamentos vitais.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.3354/ab00769

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

B Makin, CD Lowe. One year of warming leads to the total loss of productivity in a widespread photosymbiosis. Aquatic Biology, 2024; 33: 75 DOI: 10.3354/ab00769
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