DEA fecha escritórios na China em meio à crise do fentanil

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Por Bia Chacu
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Portas fechadas do escritório da DEA com fundo de bandeira chinesa.

São PauloA DEA decidiu encerrar duas de suas unidades na China, gerando preocupações entre legisladores e veteranos da agência. O senador Chuck Grassley, de Iowa e membro do Comitê Judiciário do Senado, destacou a importância da transparência e solicitou que a DEA explique os motivos dessa decisão e como pretende empregar os recursos em outras áreas.

O fechamento desses escritórios representa mais um obstáculo na já instável relação entre os EUA e a China. Embora a China tenha tentado restringir a produção e exportação de produtos químicos usados na fabricação de fentanil, o país ainda é a principal fonte das substâncias que alimentam uma crise, resultando em quase 100 mil mortes anuais nos Estados Unidos.

Principais Preocupações:

  • Dificuldade em manter relacionamentos essenciais para operações contra o narcotráfico.
  • A China é a maior fonte mundial de precursores de fentanil.
  • Cerca de 100 mil mortes anuais nos EUA são atribuídas ao fentanil.
  • Redistribuição incerta dos recursos da DEA.

Especialistas da DEA acreditam que ter menos agentes na China dificultará a construção de relações essenciais para impedir o fluxo de produtos químicos precursores. A cooperação entre os dois países tem sido importante no passado, com a China adicionando muitos desses produtos à sua lista de substâncias controladas e aconselhando empresas a não exportá-los. No entanto, a produção e o envio desses químicos ainda superam os esforços regulatórios.

Anne Milgram, chefe da DEA, destacou a importância de melhorar as relações de trabalho com a China. Em uma audiência no Congresso, ela afirmou que interromper o fluxo de substâncias químicas vindas da China poderia ajudar significativamente no combate ao problema do fentanil. No entanto, ela alertou que pode ser cedo demais para perceber resultados concretos dessas novas iniciativas.

China adota postura não confrontacional frente à decisão da DEA. Liu Pengyu, porta-voz da Embaixada da China em Washington, se mostra esperançoso quanto aos esforços em andamento e deseja que os EUA ajam de forma prática e respeitosa. Suas declarações foram feitas após a visita do diretor-geral do Departamento de Controle de Narcóticos da China à DEA, sinalizando algum progresso na cooperação entre ambos os países.

Especialistas como Mike Vigil, ex-líder de operações estrangeiras da DEA, recomendam uma representação mais robusta na China. Ter menos representação pode dificultar o controle do fluxo de químicos para a produção de fentanil, agravando a crise de saúde pública. Sem um engajamento ativo na China, pode se tornar extremamente difícil impedir a disseminação desses precursores mortais.

As ações da DEA para combater a crise dos opioides serão minuciosamente avaliadas para observar sua eficácia na redução desse grave problema de saúde pública recente nos Estados Unidos.

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