Milícias apoiadas pelo Irã podem retaliar morte de líder do Hamas

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Por João Silva
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Zona de conflito com jatos militares e fumaça ao fundo.

São PauloApós a morte de um líder sênior do Hamas, milícias apoiadas pelo Irã podem atacar Israel em retaliação. O Irã possui muitos aliados e forças proxies no Oriente Médio prontos para apoiar seus objetivos e se defender contra ameaças. Esses grupos estão localizados no Iraque, Líbano, Iêmen e Palestina.

  • Milícias Iraquianas: O Irã apoia várias milícias xiitas no Iraque, especialmente por meio das Forças de Mobilização Popular (PMF). As PMF utilizam foguetes, drones e outras armas. Desde outubro até o início de fevereiro, esses grupos atacaram o pessoal dos EUA no Iraque mais de 60 vezes.
  • Hezbollah do Líbano: Formado em 1982, o Hezbollah continua sendo uma ameaça significativa para Israel. O grupo possui um arsenal vasto de foguetes, mísseis guiados com precisão e outras armas avançadas. Estima-se que o Hezbollah tenha até 150.000 foguetes e mísseis.
  • Forças Militantes Palestinas: O Hamas e a Jihad Islâmica recebem apoio substancial do Irã. Apesar das recentes perdas significativas devido aos combates com Israel, esses grupos mantêm suas capacidades militares.
  • Rebeldes Houthis do Iêmen: Com o apoio de Teerã, os Houthis lançam ataques com drones e mísseis, perturbando a navegação no Mar Vermelho e atingindo alvos distantes, como Israel. Não há consenso sobre o nível de controle do Irã sobre os Houthis, mas suas capacidades operacionais melhoraram consideravelmente.

O Irã fornece armas e apoio a certos grupos para aumentar sua influência na região. Ao ajudar esses aliados, o Irã busca evitar ataques em seu próprio território e criar dificuldades para seus inimigos, especialmente Israel. A Força Quds da Guarda Revolucionária desempenha um papel crucial na manutenção dessas conexões e na garantia de que as milícias possam agir quando necessário.

Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, declarou que o grupo conta com 100.000 combatentes treinados. Esse grande contingente aumenta a probabilidade de um grande ataque a Israel, podendo sobrecarregar sistemas de defesa como o Domo de Ferro. Em abril, o Irã enviou mais de 170 drones carregados de bombas, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos em direção a Israel, colocando muita pressão sobre as defesas israelenses.

A política do Oriente Médio é complexa, e caso o Irã resolva retaliar, diversos grupos podem se envolver. O Irã apoia o Hezbollah no Líbano, milícias iraquianas e os Houthis no Iêmen. Esses grupos poderiam se unir para atacar Israel, possivelmente desencadeando um conflito regional maior.

Os EUA se envolvem na situação. Suas tropas no Iraque e em outras regiões são alvos de milícias apoiadas pelo Irã. Se os EUA reagirem aos ataques contra suas forças, a situação pode se agravar. O país já realizou ataques aéreos em resposta a grupos iraquianos apoiados pelo Irã.

Caso os aliados do Irã na região harmonizem suas ações, isso poderia sobrecarregar as forças militares de Israel e desencadear um conflito maior. As armas avançadas e os grandes grupos militantes representam um perigo real tanto para os interesses de Israel quanto dos EUA. O contínuo apoio do Irã aos seus aliados evidencia seu plano e capacidade de exercer forte influência na região.

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