Avanços nos mecanismos do LAG3 prometem revolucionar a imunoterapia contra o câncer.

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Por João Silva
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Visualização microscópica das proteínas LAG3 em células cancerosas.

São PauloCientistas do Moffitt Cancer Center descobriram informações cruciais sobre a proteína LAG3 (Gene de Ativação de Linfócitos-3) que podem melhorar significativamente a imunoterapia contra o câncer. A LAG3 é conhecida por inibir a capacidade do sistema imunológico de combater tumores, e compreender seu funcionamento é essencial para desenvolver tratamentos eficazes contra o câncer. A pesquisa, liderada pelo Dr. Vince Luca e publicada na Nature Communications, descreve como a LAG3 interage com as moléculas MHC classe II, que são fundamentais para o sistema imunológico distinguir entre células normais e cancerosas.

Principais Resultados do Estudo:

  • Visualização da Rede de Interações do LAG3: A pesquisa revela uma rede abrangente de interações entre LAG3 e MHC classe II, descobrindo novos alvos para medicamentos e mecanismos de sinalização.
  • Insights Mecanicistas: Fornece detalhes sobre como LAG3 influencia a ativação das células T e a tolerância imunológica, essenciais para o desenvolvimento de terapias precisas.
  • Implicações Terapêuticas: Abre novos caminhos para o desenvolvimento de inibidores e ativadores que potencializam imunoterapias existentes e introduzem novas opções de tratamento para câncer e doenças autoimunes.

Pesquisadores identificaram novos alvos de medicamentos na rede de interação LAG3. Ao compreenderem detalhadamente essas interações, eles podem projetar fármacos que visem áreas específicas dessa rede. Isso pode conduzir a tratamentos mais eficazes. As informações detalhadas poderiam ajudar farmacologistas a desenvolver imunoterapias mais precisas e eficientes do que as atuais.

O papel do LAG3 no controle do sistema imunológico

O estudo investiga como o LAG3 regula as células T e o sistema imunológico. Ele revela que o LAG3 pode tanto ativar quanto desativar respostas imunológicas, dependendo da situação. Isso implica que tratamentos podem ser desenvolvidos para bloquear ou estimular a atividade do LAG3 conforme a necessidade do paciente. Por exemplo, em casos de câncer onde o LAG3 desativa a resposta imunológica, medicamentos que bloqueiam o LAG3 podem ajudar o sistema imunológico a combater o câncer. Por outro lado, em doenças autoimunes onde o sistema imunológico ataca células saudáveis, drogas que ativam o LAG3 podem ajudar a manter o sistema imunológico sob controle.

Esta pesquisa pode resultar em novos tratamentos através do desenvolvimento de medicamentos que bloqueiam ou ativam o LAG3. Esses medicamentos podem melhorar as terapias imunológicas atuais e oferecer novas opções para pessoas com câncer e doenças autoimunes. Isso é especialmente útil para cânceres que não respondem aos tratamentos existentes, proporcionando aos médicos uma nova forma de combater esses cânceres de difícil tratamento.

O avanço do estudo é sustentado por um financiamento significativo do National Institutes of Health e do programa de subsídios Bankhead Coley do Departamento de Saúde da Flórida. Esta pesquisa oferece uma visão detalhada da estrutura molecular, auxiliando no desenvolvimento de novas terapias. Com o progresso da imunoterapia contra o câncer, os resultados desse estudo podem levar a tratamentos inovadores que beneficiarão enormemente os pacientes.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41467-024-51930-5

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Qianqian Ming, Daniel Antfolk, David A. Price, Anna Manturova, Elliot Medina, Srishti Singh, Charlotte Mason, Timothy H. Tran, Keiran S. M. Smalley, Daisy W. Leung, Vincent C. Luca. Structural basis for mouse LAG3 interactions with the MHC class II molecule I-Ab. Nature Communications, 2024; 15 (1) DOI: 10.1038/s41467-024-51930-5
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