Novo estudo: tecnologias para combater mofo em futuras estações espaciais

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Interior da estação espacial com modelos de tecnologia de prevenção de mofo.

São PauloManter o ambiente limpo nas estações espaciais é crucial devido aos desafios que o espaço apresenta. O mofo pode crescer mesmo em condições adversas, por isso sua prevenção é um esforço constante. Cientistas desenvolveram uma forma de prever o crescimento microbiano em áreas críticas ao estudar poeira da Estação Espacial Internacional (ISS). Eles descobriram que curtos períodos de alta umidade podem levar ao crescimento de microrganismos na poeira, similar ao que ocorre em residências na Terra.

Quando as pessoas ficam em espaços fechados como naves espaciais, elas geram umidade que pode favorecer o crescimento de micróbios. Esse acúmulo de umidade já se mostrou problemático em estações espaciais como a Mir. Mesmo com sistemas avançados de controle de umidade na ISS, eventos imprevistos ainda podem levar ao crescimento de micróbios. Esta questão é relevante porque...

  • O crescimento microbiano pode danificar materiais e equipamentos.
  • Astronautas, que podem ter sistemas imunológicos enfraquecidos, são especialmente vulneráveis.
  • O crescimento descontrolado de micróbios pode causar problemas de saúde, como alergias e asma.

Compreender como os micróbios se comportam no espaço nos ajuda a manter áreas habitáveis saudáveis. Por exemplo, entender como fungos e bactérias reagem às mudanças na umidade permite que os pesquisadores projetem melhores sistemas de ar para futuras missões. O estudo mostra que as áreas de convivência no espaço são semelhantes às da Terra, mas exigem cuidados mais rigorosos devido às condições únicas do ambiente espacial.

A pesquisa tem impactos abrangentes. Com mais empresas planejando turismo espacial e missões longas em estações como a Gateway da NASA ou projetos comerciais como o Starlab, o controle do crescimento microbiano se torna ainda mais vital. O George Washington Carver Science Park, uma instalação na Terra, ajudará os pesquisadores a simular melhor as condições espaciais e aprimorar métodos para controlar micróbios.

Um fator crucial é a proteção dos planetas contra micróbios nocivos. É fundamental evitar a disseminação de micróbios da Terra para outros planetas e vice-versa. Esta pesquisa pode ajudar a criar diretrizes para prevenir a transferência acidental de micróbios. Pesquisas futuras irão analisar como condições espaciais, como gravidade zero, radiação e altos níveis de CO2, afetam o crescimento microbiano. Isso nos ajudará a criar ambientes mais seguros tanto no espaço quanto na Terra.

NASA e empresas espaciais privadas precisam utilizar essas descobertas para desenvolver sistemas robustos que funcionem bem em várias situações. Isso ajudará a prolongar a vida útil dos equipamentos e a proteger a saúde dos astronautas. A pesquisa destaca a importância de continuar monitorando e resolvendo problemas relacionados aos microrganismos no espaço.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1186/s40168-024-01864-3

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Nicholas Nastasi, Ashleigh Bope, Marit E. Meyer, John M. Horack, Karen C. Dannemiller. Predicting how varying moisture conditions impact the microbiome of dust collected from the International Space Station. Microbiome, 2024; 12 (1) DOI: 10.1186/s40168-024-01864-3
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