Amazon prioriza produtividade e ignora recomendações de segurança, diz relatório.

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Por Ana Silva
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Armazém com símbolos de eficiência ofuscando os sinais de segurança.

São PauloSenado dos EUA Revela Prioridade da Amazon na Produtividade em Detrimento da Segurança

Um recente relatório do Senado dos EUA revela que a Amazon optou por priorizar a produtividade ao invés de seguir as recomendações de segurança de seus próprios estudos. O senador Bernie Sanders liderou uma investigação que descobriu que a Amazon ignorou sugestões para diminuir o risco de lesões, como distúrbios musculoesqueléticos, entre os trabalhadores de seus armazéns. Embora estudos tenham demonstrado que o trabalho em ritmo acelerado aumenta o risco de lesões, a Amazon decidiu não implementar mudanças que pudessem desacelerar suas operações.

O relatório do Senado apresenta algumas principais conclusões.

Amazon, por meio do Projeto Elderwand, identificou um aumento no risco de lesões nas costas devido à repetição frequente de tarefas. Entre as recomendações de segurança resultado do estudo, está a implementação de pausas obrigatórias baseadas no ritmo de trabalho dos funcionários. Além disso, o Projeto Soteria sugeriu manter políticas adotadas durante a pandemia, como oferecer mais tempo de folga, para diminuir o risco de lesões.

A Amazon não concorda com essas conclusões, pois deseja manter altos níveis de produtividade. Mesmo que seus próprios estudos tenham sugerido que pausas e a redução no ritmo de trabalho poderiam ser benéficas, isso poderia desacelerar as operações da Amazon. A rapidez é essencial para o seu modelo de negócios, e qualquer mudança para um ritmo mais lento era vista como uma diminuição da eficiência.

Estratégia da Amazon Sob Pressão

A estratégia escolhida traz alguns riscos. Em um setor onde a entrega rápida é crucial, os métodos da Amazon levantam dúvidas sobre a sustentabilidade de suas práticas trabalhistas. Os trabalhadores frequentemente sofrem lesões devido a tarefas repetitivas, o que pode resultar em maior rotatividade de funcionários e custos elevados com compensações trabalhistas. Conforme mais funcionários se conscientizam dessas questões, a Amazon pode enfrentar críticas crescentes e pressão tanto de seus empregados quanto do público.

Amazon procura influenciar a percepção pública sobre suas práticas de trabalho. A empresa discorda da forma como o relatório do Senado avaliou seus estudos internos e os resultados apresentados. Com isso, a Amazon busca preservar sua imagem de inovação e eficiência. No entanto, o relatório do Senado sugere que a empresa pode não estar sendo transparente em relação aos seus dados de lesões.

Esta situação ilustra como as empresas tentam equilibrar produtividade e segurança. Levanta questões importantes sobre a responsabilidade corporativa e práticas trabalhistas justas. Com o crescimento da Amazon, a forma como ela lida com essas questões provavelmente impactará sua reputação e a relação com os funcionários.

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