Força Aérea revela causa do acidente fatal do Osprey no Japão

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Por João Silva
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"Uma aeronave Osprey danificada com destroços espalhados."

São PauloUm acidente envolvendo um Osprey no Japão foi causado por uma engrenagem de pinhão quebrada. Embora a Força Aérea não tenha certeza sobre o motivo da quebra, acredita que este foi o principal fator do acidente.

O escritório responsável pelos V-22 Ospreys no Pentágono sabia que os problemas com a caixa de engrenagens do proprotor poderiam ser extremamente perigosos. O Tenente-General Michael Conley revelou que as equipes não foram informadas sobre a gravidade desses riscos. A investigação também destacou essa falta de comunicação.

No dia do acidente, o Osprey estava voando do Japão continental para Okinawa. Sinais iniciais de problemas surgiram quando ocorreram vibrações no eixo de transmissão e na caixa de câmbio do proprotor esquerdo. A tripulação não soube dessas vibrações no momento porque os dados só podiam ser analisados após o voo. Cinco minutos depois, um aviso de chip queimado indicou que fragmentos de metal estavam se soltando das engrenagens.

Fatores do incidente:

  • Vibrações iniciais detectadas no eixo de transmissão.
  • Vibrações subsequentes de uma das cinco engrenagens do pinhão.
  • Seis alertas de queima de chip recebidos.
  • Tomada de decisão afetada pelo exercício aéreo.
  • Não foram encontradas indicações secundárias de problemas.

Apesar de ter recebido seis alertas de "chips", o Major Jeff Hoernemann continuou voando, algo que os investigadores apontaram como uma das causas do problema. Após o terceiro alerta, as regras exigiam um pouso "assim que possível", e a pista de aterrissagem mais próxima estava a apenas 10 milhas. No entanto, Hoernemann ignorou os avisos e esperou por sinais adicionais, como superaquecimento da caixa de engrenagens.

O Major Hoernemann provavelmente foi impactado pelo seu envolvimento em um exercício militar em andamento que ele vinha planejando há meses. Ele teve que dividir sua atenção entre o exercício e os problemas da aeronave. Decidiu seguir com o vôo de 300 milhas náuticas sobre o mar em direção a Okinawa. A gravação de voz revelou que o copiloto de Hoernemann sugeriu utilizar uma ferramenta de mapa para encontrar o aeroporto mais próximo, mas Hoernemann rejeitou a ideia. O copiloto parecia inquieto, mas não expressou fortemente suas preocupações.

Relatório da Força Aérea aponta problemas graves, incluindo equipamentos defeituosos e decisões inadequadas por parte do pessoal. O escritório do programa no Pentágono não compartilhou informações de segurança cruciais, agravando a situação. Esses problemas ressaltam a necessidade de melhor comunicação e ações mais rápidas diante de alertas a bordo.

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