IA revoluciona exames cardíacos, liberando médicos para melhor cuidado ao coração

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Por João Silva
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IA analisando dados de exames cardíacos em várias telas

São PauloPesquisadores avançam na análise de saúde cardíaca com auxílio de IA

Pesquisadores das Universidades de East Anglia, Sheffield e Leeds desenvolveram um novo modelo de inteligência artificial (IA) que acelera a análise de imagens de ressonância magnética (MRI) do coração, focando em uma visão de quatro câmaras.

O novo modelo de IA proporciona diversos benefícios:

  • Reduz o tempo de análise de exames de ressonância magnética de 45 minutos para apenas alguns segundos.
  • Oferece medições precisas do tamanho e das funções do coração.
  • Garante resultados consistentes e confiáveis.

O Dr. Pankaj Garg, da Norwich Medical School da UEA e cardiologista consultor, juntamente com sua equipe, liderou o desenvolvimento da imagem de ressonância magnética 4D. Este novo método permite exames de saúde precisos e não invasivos. Dr. Garg menciona que seu modelo de IA produz resultados tão bons quanto os dos médicos, mas muito mais rápido. Este sistema automatizado pode melhorar significativamente o atendimento aos pacientes e a gestão de recursos nos hospitais.

Um estudo analisou dados de 814 pacientes dos Hospitais de Sheffield e Leeds para treinar um modelo de IA. Posteriormente, testaram a tecnologia em 101 pacientes do Hospital da Universidade de Norfolk e Norwich. Diferentemente de estudos anteriores que analisavam apenas duas câmaras do coração, este modelo examina todas as quatro câmaras, proporcionando uma avaliação mais completa.

Dr. Hosamadin Assadi, aluno de doutorado, destacou como a IA pode automatizar a avaliação da função e estrutura cardíaca. Essa automação pode melhorar o diagnóstico, as escolhas de tratamento e os resultados para pacientes cardíacos. Além disso, pode prever a mortalidade com base em medidas cardíacas, mostrando um grande potencial para o futuro cuidado do coração.

O modelo de IA foi avaliado em diversos hospitais, usando diferentes tipos de scanners, e com uma variedade de pacientes. As equipes de pesquisa recomendam que no futuro o modelo seja testado com um maior número de pacientes e com diferentes tipos de doenças comuns para assegurar sua eficácia em situações reais.

Pesquisadores da UEA, Leeds e Sheffield aperfeiçoaram os exames de ressonância magnética para o coração das mulheres. Essa melhoria aumentou a detecção de doenças cardíacas iniciais ou limítrofes em mulheres em 16,5%. Detectar esses problemas precocemente é fundamental, pois as mulheres frequentemente apresentam sintomas diferentes e possuem condições cardíacas específicas que necessitam de métodos diagnósticos particulares.

Instituições como o Centro Médico da Universidade de Leiden e diversos Trusts do NHS colaboraram juntos. O estudo foi financiado pela Bolsa de Desenvolvimento de Carreira em Pesquisa Clínica do Wellcome Trust.

Este avanço é um marco significativo no uso da IA para diagnósticos médicos, proporcionando avaliações de saúde cardíaca mais rápidas e precisas que podem transformar a maneira como os pacientes são gerenciados e tratados.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1186/s41747-024-00477-7

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Hosamadin Assadi, Samer Alabed, Rui Li, Gareth Matthews, Kavita Karunasaagarar, Bahman Kasmai, Sunil Nair, Zia Mehmood, Ciaran Grafton-Clarke, Peter P. Swoboda, Andrew J. Swift, John P. Greenwood, Vassilios S. Vassiliou, Sven Plein, Rob J. van der Geest, Pankaj Garg. Development and validation of AI-derived segmentation of four-chamber cine cardiac magnetic resonance. European Radiology Experimental, 2024; 8 (1) DOI: 10.1186/s41747-024-00477-7
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