Dormir mais nos fins de semana reduz risco de doença cardíaca em até 20%

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Ana Silva
- em
Despertador cercado por corações e símbolos de Z's.

São PauloNova pesquisa apresentada no Congresso ESC 2024 revela que dormir mais aos finais de semana pode reduzir o risco de doenças cardíacas em até 20%. Altas demandas de trabalho frequentemente resultam em menos horas de sono durante a semana, prejudicando a saúde geral. O estudo, realizado por pesquisadores de Pequim, China, analisou como o sono extra nos fins de semana afeta a saúde do coração. Eles utilizaram dados de 90.903 participantes do projeto UK Biobank para investigar essa relação.

O estudo utilizou acelerômetros para monitorar os padrões de sono e classificou os participantes em quatro grupos com base no tempo extra de sono durante os finais de semana.

  • Q1: Sono menos compensado, variando de -16,05 a -0,26 horas.
  • Q2: Sono levemente compensado de -0,26 a +0,45 horas.
  • Q3: Sono moderadamente compensado de +0,45 a +1,28 horas.
  • Q4: Sono mais compensado de +1,28 a 16,06 horas.

Participantes relataram seu sono durante a semana, considerando menos de sete horas por noite como privação de sono. Isso identificou 21,8% deles como privados de sono. Registros de hospitalização e óbitos foram utilizados para diagnosticar doenças cardíacas como doença isquêmica do coração (DIC), insuficiência cardíaca (IC), fibrilação atrial (FA) e acidente vascular cerebral (AVC). Aqueles com o maior sono compensatório (quartil mais alto) tiveram 19% menos probabilidade de desenvolver doenças cardíacas em comparação com aqueles com o menor sono compensatório (quartil mais baixo).

Essas descobertas afetam mais do que apenas indivíduos. Empregadores e formuladores de políticas devem considerar a possibilidade de permitir horários de trabalho flexíveis para ajudar as pessoas a dormirem mais. Modificar os hábitos de trabalho pode contribuir para que os funcionários tenham melhores padrões de sono, o que pode reduzir o risco de doenças cardíacas.

A falta de sono deve ser tratada como uma questão de saúde pública. A vida moderna muitas vezes incentiva o excesso de trabalho, resultando na privação de sono. Essa falta de sono está associada não só a doenças cardíacas, mas também à obesidade, diabetes e problemas de saúde mental. Priorizar o sono pode melhorar significativamente a saúde da sociedade.

Campanhas de conscientização pública podem ajudar as pessoas a compreender a importância de dormir bem. Pequenas mudanças, como criar um ambiente favorável ao sono, reduzir o tempo de tela antes de dormir e respeitar o próprio ritmo natural de sono, podem fazer uma grande diferença. Promover bons hábitos de sono ajuda a gerenciar rotinas agitadas e mantém o coração saudável.

O estudo é publicado aqui:

NaN

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

NaN
Ciência: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário