Carta de Orbán sobre paz na Ucrânia desafia líderes da UE

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Por Alex Morales
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Bandeiras da UE e da Ucrânia tremulando ao vento turbulento.

São PauloO primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, enviou uma polêmica carta de 10 pontos aos líderes da UE sobre o conflito na Ucrânia. Publicada em seu site na quinta-feira, a carta afirma que o presidente russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy provavelmente não iniciarão um cessar-fogo ou negociações de paz sem uma ajuda externa significativa.

Os principais pontos de Orbán incluem:

  • A UE tem imitado a "política pró-guerra dos EUA".
  • A UE deve se afastar de Washington e buscar um cessar-fogo.
  • As partes em conflito precisam de envolvimento externo para encontrar a paz.
  • Apenas os EUA, China e UE podem influenciar o conflito.

Orbán tem uma relação complexa com o Ocidente. Apesar do apoio da UE à Ucrânia, ele mantém laços estreitos com Putin, o que se tornou mais preocupante após a invasão russa à Ucrânia em 2022. Orbán também está voltado para a China, buscando investimentos e tornando a Hungria mais atraente para os interesses econômicos chineses, enquanto outros países da UE querem reduzir a influência da China.

Orbán se opõe aos seus parceiros da UE ao bloquear o apoio a Kiev e as sanções contra Moscou. Ele pediu paz imediata sem explicar como isso afetaria as fronteiras da Ucrânia, gerando problemas dentro da União Europeia. Suas recentes visitas a cidades como Kiev, Moscou, e Pequim, além do encontro com o ex-presidente Donald Trump, pioraram a situação. Agora, algumas capitais europeias estão reconsiderando a participação em futuras reuniões informais em Budapeste durante o período de seis meses em que a Hungria presidirá a UE.

A carta de Orbán também menciona Trump, a quem ele apoia para um possível retorno à presidência dos EUA. Ele acredita que Trump trabalhará pela paz se vencer as eleições em novembro. Orbán está confiante na vitória de Trump e afirma que ele começaria os esforços de paz mesmo antes de assumir oficialmente o cargo. Ele insiste que Trump já tem planos claros para alcançar a paz na Ucrânia.

A carta de Orbán sugere que Ucrânia e OTAN podem ter motivos para preocupação. Caso Trump vença, os EUA podem diminuir sua ajuda financeira e militar a Kiev. Orbán menciona que a responsabilidade financeira de apoiar a Ucrânia será transferida mais para a UE, dificultando a situação para eles.

Ações de Orbán podem colocar a unidade da UE em risco. Embora ele clame por paz, ignora questões cruciais, como a soberania da Ucrânia. Sua proximidade com China e Rússia e o apoio a Trump complicam a política europeia, dificultando os esforços para auxiliar a Ucrânia e garantir a segurança da Europa. A imprevisibilidade de Orbán pode gerar grandes desafios para a UE, afetando tanto sua coesão interna quanto suas relações internacionais.

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