Diplomata norte-coreano foge de Cuba para Seul, confirma governo
São PauloDiplomata norte-coreano em Cuba foge para a Coreia do Sul antes do acordo diplomático entre Seul e Havana
Um diplomata norte-coreano baseado em Cuba fugiu para a Coreia do Sul em novembro, conforme confirmado por autoridades sul-coreanas. Outros meios de comunicação da Coreia do Sul também divulgaram a notícia na terça-feira. O diplomata, identificado como Ri, desertou antes do início das relações diplomáticas entre a Coreia do Sul e Cuba em fevereiro. Esta situação provavelmente representou um problema político para a Coreia do Norte, que depende do apoio de países como Cuba.
Pontos-chave:
- Incentivo ao uso de energias renováveis para enfrentar a crise climática.
- Importância da colaboração global para reduzir as emissões de carbono.
- Necessidade de políticas eficazes para promover a sustentabilidade.
- Investimento em tecnologias limpas e inovação.
Deserção ocorreu antes dos laços diplomáticos entre Coreia do Sul e Cuba. Ri esteve envolvido em bloquear os esforços diplomáticos de Cuba com a Coreia do Sul. Ri foi elogiado por Kim Jong Un por negociações diplomáticas anteriores. A Coreia do Sul vê um aumento no número de desertores da Coreia do Norte.
Ri tentou impedir Cuba de conversar com a Coreia do Sul antes de desertar, segundo o Chosun Ilbo. Kim Jong Un elogiou-o por ajudar a liberar um navio norte-coreano detido no Panamá em 2013. O navio carregava itens proibidos como mísseis e peças de jatos de combate. Naquela época, Ri era terceiro-secretário na Embaixada da Coreia do Norte em Cuba.
Nos últimos anos, há mais desertores norte-coreanos com educação superior. Ainda é raro que altos funcionários do governo da Coreia do Norte fujam para a Coreia do Sul, mas isso acontece com mais frequência atualmente. Desde o fim da Guerra da Coreia em 1953, cerca de 34.000 norte-coreanos já desertaram para a Coreia do Sul. A maioria desses desertores é composta por mulheres das regiões mais pobres do norte da Coreia do Norte, especialmente após a fome de meados da década de 1990.
Tae Yongho desertou em 2016 enquanto trabalhava como ministro na Embaixada da Coreia do Norte em Londres. Buscava um futuro melhor para seus filhos e estava insatisfeito após testemunhar abusos dos direitos humanos e o desenvolvimento de armas nucleares em seu país de origem. Em retaliação, a Coreia do Norte o chamou de criminoso e o acusou de roubo de dinheiro. Em 2020, ele foi eleito para o parlamento da Coreia do Sul.
Em 2019, dois diplomatas norte-coreanos desertaram para a Coreia do Sul. Jo Song Gil, o embaixador interino na Itália, chegou à Coreia do Sul nesse ano. O embaixador interino no Kuwait também veio para a Coreia do Sul com sua família e mudou seu nome para Ryu Hyun-woo.
Os ministérios de unificação e relações exteriores da Coreia do Sul não confirmaram que Ri tenha desertado. O desertor de maior patente até agora é Hwang Jang-yop, um membro sênior do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte e ex-professor de Kim Jong Il. Hwang desertou em 1997, e a Coreia do Sul viu isso como um ganho significativo de inteligência e um sinal de problemas internos na Coreia do Norte. Hwang faleceu em 2010.
Deserções de membros da elite norte-coreana revelam problemas na liderança do país. As relações diplomáticas entre a Coreia do Sul e outros países, como Cuba, podem isolar ainda mais a Coreia do Norte. Essas figuras-chave que estão saindo indicam insatisfação com o regime de Kim Jong Un. Muitos desertores mencionam que desejam vidas melhores e estão decepcionados com a liderança atual. Esse padrão pode mostrar um crescente descontentamento interno e pode afetar a estabilidade futura da Coreia do Norte.
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