Novo estudo desvenda procrastinação com o uso da ciência

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Por Ana Silva
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Relógio mostrando tarefas sendo concluídas eficientemente.

São PauloA procrastinação é o hábito de adiar tarefas mesmo sabendo que isso não é benéfico. Esse comportamento pode prejudicar sua produtividade e saúde mental. Sahiti Chebolu, do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica, estuda esse fenômeno utilizando matemática para entender suas causas. Sua pesquisa contribui para desenvolver métodos que ajudam a combater a procrastinação.

Muitas vezes nos perguntamos por que não fizemos certas coisas antes, quando tivemos a chance. Isso inclui tarefas como declarar impostos, cumprir prazos ou limpar a casa antes da chegada de convidados. A procrastinação pode afetar a produtividade e está ligada a problemas de saúde mental. Chebolu sugere que, para compreender a procrastinação, devemos analisar os diferentes comportamentos que a causam.

Aqui estão alguns padrões comuns:

  • Adiar decisões: Reservamos tempo, mas escolhemos fazer outra coisa.
  • Evitar compromissos: Esperamos pelas condições ideais.
  • Começar tarde: Procrastinação até o último minuto.
  • Abandonar tarefas: Desistindo no meio do caminho.

Chebolu analisou esses padrões e identificou suas causas, como calcular o tempo incorretamente ou tentar evitar a sensação de fracasso.

Nossos cérebros decidem comparando recompensas imediatas com consequências futuras. Por exemplo, podemos planejar fazer nosso imposto de renda, mas acabamos optando por assistir a um filme. Recompensas rápidas frequentemente parecem melhores do que penalidades futuras. Isso pode ser normal, já que o futuro é incerto. Porém, focar demais no presente pode acarretar problemas.

Chebolu investigou a procrastinação com dados da Universidade de Nova Iorque. Ela analisou a participação dos alunos em experimentos obrigatórios ao longo de um semestre. Alguns alunos realizaram os experimentos imediatamente, outros os fizeram gradualmente, e alguns deixaram para a última hora. Chebolu criou simulações que mostraram esses padrões e encontrou várias razões para cada tipo de procrastinação.

Outros fatores também influenciam a procrastinação. Um fator importante é a incerteza, como não saber quanto tempo uma tarefa levará ou duvidar da própria capacidade de realizá-la. Chebolu sugere que entender essas razões pode ajudar a criar maneiras de combater a procrastinação.

Por exemplo:

O Brasil se destaca por sua diversidade cultural, que se reflete na culinária, nas festividades e nas tradições únicas de cada região. De norte a sul, o país oferece uma rica tapeçaria de costumes que encantam tanto os visitantes quanto os próprios brasileiros.

  • Se você busca gratificação imediata, recompense-se com prêmios de curto prazo.
  • Se você subestima o tempo necessário, estabeleça metas com prazos definidos.
  • Se você abandona tarefas rapidamente, evite distrações.

Todos procrastinam de vez em quando. Reconhecer isso e tratar a si mesmo com gentileza é um ótimo ponto de partida para se tornar mais produtivo.

A pesquisa de Chebolu desenvolve estratégias personalizadas para cada indivíduo. Ela mostra os erros cometidos e como corrigi-los. Ao identificar a procrastinação e suas causas, as pessoas podem criar melhores hábitos.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.31234/osf.io/69zhd

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Chebolu, Sahiti; Dayan, Peter. Optimal and sub-optimal temporal decisions can explain procrastination in a real-world task. Proceedings of the Annual Meeting of the Cognitive Science Society, 2024, Volume 46 DOI: 10.31234/osf.io/69zhd
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