Novo estudo desvenda procrastinação com o uso da ciência
São PauloA procrastinação é o hábito de adiar tarefas mesmo sabendo que isso não é benéfico. Esse comportamento pode prejudicar sua produtividade e saúde mental. Sahiti Chebolu, do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica, estuda esse fenômeno utilizando matemática para entender suas causas. Sua pesquisa contribui para desenvolver métodos que ajudam a combater a procrastinação.
Muitas vezes nos perguntamos por que não fizemos certas coisas antes, quando tivemos a chance. Isso inclui tarefas como declarar impostos, cumprir prazos ou limpar a casa antes da chegada de convidados. A procrastinação pode afetar a produtividade e está ligada a problemas de saúde mental. Chebolu sugere que, para compreender a procrastinação, devemos analisar os diferentes comportamentos que a causam.
Aqui estão alguns padrões comuns:
- Adiar decisões: Reservamos tempo, mas escolhemos fazer outra coisa.
- Evitar compromissos: Esperamos pelas condições ideais.
- Começar tarde: Procrastinação até o último minuto.
- Abandonar tarefas: Desistindo no meio do caminho.
Chebolu analisou esses padrões e identificou suas causas, como calcular o tempo incorretamente ou tentar evitar a sensação de fracasso.
Nossos cérebros decidem comparando recompensas imediatas com consequências futuras. Por exemplo, podemos planejar fazer nosso imposto de renda, mas acabamos optando por assistir a um filme. Recompensas rápidas frequentemente parecem melhores do que penalidades futuras. Isso pode ser normal, já que o futuro é incerto. Porém, focar demais no presente pode acarretar problemas.
Chebolu investigou a procrastinação com dados da Universidade de Nova Iorque. Ela analisou a participação dos alunos em experimentos obrigatórios ao longo de um semestre. Alguns alunos realizaram os experimentos imediatamente, outros os fizeram gradualmente, e alguns deixaram para a última hora. Chebolu criou simulações que mostraram esses padrões e encontrou várias razões para cada tipo de procrastinação.
Outros fatores também influenciam a procrastinação. Um fator importante é a incerteza, como não saber quanto tempo uma tarefa levará ou duvidar da própria capacidade de realizá-la. Chebolu sugere que entender essas razões pode ajudar a criar maneiras de combater a procrastinação.
Por exemplo:
O Brasil se destaca por sua diversidade cultural, que se reflete na culinária, nas festividades e nas tradições únicas de cada região. De norte a sul, o país oferece uma rica tapeçaria de costumes que encantam tanto os visitantes quanto os próprios brasileiros.
- Se você busca gratificação imediata, recompense-se com prêmios de curto prazo.
- Se você subestima o tempo necessário, estabeleça metas com prazos definidos.
- Se você abandona tarefas rapidamente, evite distrações.
Todos procrastinam de vez em quando. Reconhecer isso e tratar a si mesmo com gentileza é um ótimo ponto de partida para se tornar mais produtivo.
A pesquisa de Chebolu desenvolve estratégias personalizadas para cada indivíduo. Ela mostra os erros cometidos e como corrigi-los. Ao identificar a procrastinação e suas causas, as pessoas podem criar melhores hábitos.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.31234/osf.io/69zhde sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Chebolu, Sahiti; Dayan, Peter. Optimal and sub-optimal temporal decisions can explain procrastination in a real-world task. Proceedings of the Annual Meeting of the Cognitive Science Society, 2024, Volume 46 DOI: 10.31234/osf.io/69zhdOntem · 20:33
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