Novo método revolucionário identifica genes promissores para pesquisa de doenças pouco exploradas

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Por Bia Chacu
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Dados de sequenciamento de genes com genes alvo destacados.

São PauloUma equipe da Universidade de Hiroshima fez avanços significativos na identificação de genes relacionados a doenças humanas que ainda não foram amplamente estudados. Eles desenvolveram um método inovador para corrigir lacunas nos dados encontrados em bancos de dados gene-doença existentes. Esses bancos de dados, como o Open Targets Platform e o DisGeNET, frequentemente apresentam erros, viés e problemas de mineração de texto. O novo método da equipe resolve essas questões e oferece uma ferramenta poderosa para a pesquisa científica.

O pipeline foi avaliado utilizando como exemplo o estresse oxidativo e a doença de Parkinson. A seguir, apresentamos um resumo do que foi realizado:

  • Identificar genes que respondem tanto ao estresse oxidativo quanto à doença de Parkinson analisando dados de expressão gênica e estudos de associação do transcriptoma.
  • Acessar vários bancos de dados públicos para selecionar genes que ainda não foram vinculados à doença de Parkinson.
  • Refinar esta lista de genes críticos através de uma análise mais detalhada dos dados.

Os pesquisadores tinham como objetivo identificar genes importantes, mas pouco estudados, para ajudar a compreender e tratar doenças. Eles começaram com 62.226 genes e reduziram esse número para 168 que mostraram atividade incomum tanto na doença de Parkinson quanto no estresse oxidativo. Após verificações adicionais, eles identificaram 12 genes essenciais, destacando-se o nuclear protein 1 (NUPR1) e o ubiquitin-like with PHD and ring finger domains 2 (UHRF2).

Este método oferece inúmeros benefícios. Ele resolve os problemas de informações ausentes ou incorretas nos bancos de dados de genes atuais. Ao combinar análise de big data com verificações manuais cuidadosas, reduz erros humanos e identifica mais genes. Isso é fundamental para o estudo do estresse oxidativo, que está associado a doenças crônicas como Alzheimer, doenças cardíacas, diabetes e Parkinson.

O impacto é significativo. Com maior conhecimento sobre o funcionamento das doenças em nível molecular, os pesquisadores podem estudar esses genes menos conhecidos para compreender os mecanismos das doenças e desenvolver tratamentos específicos. No caso da doença de Parkinson, analisar genes como NUPR1 e UHRF2 pode revelar novos alvos para tratamento, oferecendo esperança para opções mais eficazes e melhores.

Esse método não se limita apenas ao estresse oxidativo ou à doença de Parkinson. Ele pode ser aplicado a diversas outras doenças que envolvem processos oxidativos. Essa abordagem poderia levar a uma medicina personalizada baseada em informações genéticas, resultando em tratamentos mais precisos e eficazes para várias condições.

Os pesquisadores Takayuki Suzuki e Hidemasa Bono, com apoio de instituições como COI-NEXT e a Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia, promovem o uso deste método para estudar diversas doenças. Esta colaboração visa avançar nas pesquisas genéticas, focando em genes que anteriormente eram negligenciados.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41531-024-00776-1

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Takayuki Suzuki, Hidemasa Bono. A systematic exploration of unexploited genes for oxidative stress in Parkinson’s disease. npj Parkinson's Disease, 2024; 10 (1) DOI: 10.1038/s41531-024-00776-1
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