Novas leis de saúde mental beneficiam mães recentes de forma complexa e positiva

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Por Ana Silva
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Consultório de terapeuta com recursos visíveis de saúde mental materna

São PauloRecentes mudanças nas leis sobre saúde mental têm beneficiado mães grávidas e novas mães com depressão e ansiedade. A terapia agora está mais acessível e custando menos. O Affordable Care Act (ACA) de 2014 e o Mental Health Parity and Addiction Equity Act (MHPAEA) de 2010 foram criados para reduzir problemas de seguro para cuidados de saúde mental. No entanto, apenas cerca de 10% das mulheres com um diagnóstico de saúde mental durante a gravidez ou após o parto receberam terapia em 2019-2020.

Estudo Mostra Aumento na Psicoterapia Após ACA e MHPAEA e Redução nos Custos

O estudo revelou que mais pessoas têm buscado psicoterapia desde a implementação das leis ACA e MHPAEA, pagando menos do próprio bolso. Apesar disso, apenas 10% das mulheres diagnosticadas receberam psicoterapia. Além disso, o gasto com a terapia pode variar significativamente ao longo do ano.

A ACA e a MHPAEA tiveram como objetivo tornar o cuidado com a saúde mental mais acessível e econômico. No entanto, o progresso tem sido lento devido à falta de profissionais de saúde mental, muitos casos não são diagnosticados e ainda existe muito estigma. Os diagnósticos de saúde mental em mulheres grávidas aumentaram de 14% em 2007 para 25% em 2019. Apesar de algumas melhorias, muitas mulheres ainda não recebem os cuidados necessários.

O estudo analisou dados de mais de 716.000 mulheres, com idades entre 15 e 44 anos, que tiveram filhos entre 2007 e 2019. Os pesquisadores concentraram-se em mulheres com diagnóstico de saúde mental que usaram o seguro para pelo menos uma sessão de terapia. Os resultados são compatíveis com outros estudos que mostram um aumento no uso de antidepressivos entre as mulheres antes e depois do parto.

O estudo não incluiu mulheres que utilizam o Medicaid ou aquelas que pagaram pela terapia sem usar seguro de saúde. Por isso, os resultados podem não refletir a realidade completa de todas as novas mães. A pesquisa analisou o período antes da pandemia de COVID-19. Estudos futuros devem investigar se a telemedicina facilitou o acesso aos cuidados.

A análise revelou que os custos do próprio bolso variam ao longo do ano. Mulheres que buscaram atendimento no início do ano pagaram mais do que aquelas que buscaram atendimento mais tarde. Isso possivelmente ocorre porque os planos de saúde exigem pagamentos mais altos no início do ano de cobertura até que a franquia seja atingida.

A ACA e a MHPAEA trouxeram avanços na política de saúde. No entanto, ainda existem problemas significativos. Uma questão importante é a escassez de profissionais de saúde mental. Esse déficit ocorre em parte porque o cuidado com a saúde mental não tem recebido o mesmo tratamento dos seguros que a saúde física.

Embora tenhamos avançado, ainda há muito a ser feito. Resolver a escassez de profissionais de saúde e garantir diagnósticos rápidos são fundamentais. Para integrar a saúde mental e física, precisamos de suporte contínuo de políticas e novas ideias. Focando nesses pontos, podemos buscar melhores resultados para mães e suas famílias.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1001/jamanetworkopen.2024.26802

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Kara Zivin, Xiaosong Zhang, Anca Tilea, Stephanie V. Hall, Lindsay K. Admon, Ashlee J. Vance, Vanessa K. Dalton. Perinatal Psychotherapy Use and Costs Before and After Federally Mandated Health Insurance Coverage. JAMA Network Open, 2024; 7 (8): e2426802 DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.26802
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