Novo estudo: maior interação predador-presa oceânica já registrada próxima à costa da Noruega

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Tubarões enormes caçam um grande cardume de peixes.

São PauloPesquisadores do MIT e da Noruega observaram uma fascinante interação entre predador e presa no oceano, onde um grande grupo de capelins e vários bacalhaus atlânticos estavam se alimentando. Isso ocorreu perto da costa da Noruega durante a época de desova dos capelins. Todos os anos, os capelins migram da calota polar ártica para a costa norueguesa para depositar seus ovos, oferecendo aos bacalhaus migratórios uma excelente oportunidade de alimentação.

Equipe Documenta Alimentação de Bacalhaus: Impacto em Milhões de Capelins

A observação feita pela equipe foi revolucionária, pois eles capturaram muitos detalhes em uma área extensa. Utilizando tecnologia avançada de imagem sonora, acompanharam as interações entre peixes individuais. Quando os capelins se reuniram em um grande cardume, os bacalhaus começaram a se alimentar, resultando em 10,5 milhões de capelins sendo devorados em poucas horas. Este evento foi registrado pelo sistema OAWRS (Ocean Acoustic Waveguide Remote Sensing), capaz de distinguir diferentes espécies de peixes pelos sons produzidos por suas bexigas natatórias.

O evento se estendeu por dezenas de quilômetros, exibindo predadores e presas em tempo real. O cardume de capelim era composto por cerca de 23 milhões, formando uma onda coerente. Um cardume de bacalhau com aproximadamente 2,5 milhões de peixes se reuniu e superou o capelim. Aproximadamente 10,5 milhões de capelim foram perdidos, resultado do mapeamento acústico preciso.

Descoberta Revela Impacto das Mudanças Climáticas nos Movimentos Oceânicos

Este achado pode transformar nossa compreensão sobre os movimentos dos oceanos. A grande quantidade de capelim e bacalhau pode indicar padrões ambientais maiores e questões como a mudança climática. Com o derretimento do gelo no Ártico, os capelins podem ter que nadar distâncias maiores para desovar, tornando-se mais estressados e suscetíveis a predadores.

Estudar esses fenômenos nos permite entender como manter estáveis as populações das espécies e a saúde dos oceanos. Esses padrões podem ocorrer frequentemente. Observar as interações entre essas espécies ajuda a prever tendências importantes para equilibrar ecossistemas e gerenciar atividades pesqueiras. A pesquisa revela que as mudanças nas relações entre predadores e presas podem ser rápidas e disseminadas.

O uso de tecnologias como a OAWRS pode oferecer informações valiosas sobre os oceanos, auxiliando na previsão de quando determinadas espécies de peixes podem estar em perigo. Ao aumentar nosso conhecimento sobre esses grandes grupos de peixes e sua vulnerabilidade a predadores, especialistas marinhos podem ajudar a proteger a vida marinha de ameaças futuras.

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