Novo estudo revela: répteis gigantes pré-históricos voavam como morcegos modernos

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Por Alex Morales
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Réptil pré-histórico voando com asas parecidas com as de morcego ao pôr do sol.

São PauloCientistas descobriram que os répteis voadores pré-históricos gigantes, conhecidos como pterossauros, decolavam de uma maneira semelhante aos morcegos modernos. Isso ajuda a entender como esses animais enormes, com envergaduras de mais de dez metros, conseguiam voar. O estudo foi realizado por pesquisadores das universidades de Bristol, Liverpool John Moores, Federal do ABC e Keele, e foi publicado na revista PeerJ.

Os pesquisadores criaram o primeiro modelo computacional para testar três formas de decolagem dos pterossauros: um salto vertical usando apenas as pernas, um salto menos vertical também com as pernas, e um salto utilizando todos os quatro membros, incluindo as asas.

Pterossauros usavam os quatro membros para saltar no ar, de maneira semelhante aos morcegos atuais. Isso os ajudava a erguer seus corpos grandes do chão. Dr. Ben Griffin, o principal autor do estudo, afirmou que essa descoberta nos ajuda a entender como esses antigos seres vivos se movimentavam. Diferente dos pássaros que utilizam principalmente as patas traseiras, é provável que os pterossauros precisassem de força extra das asas para decolar.

Esta pesquisa nos ajuda a entender como os pterossauros, os maiores animais voadores, conseguiam voar. Além disso, ela nos proporciona mais conhecimento sobre como animais de grande porte podem voar. Ao comparar o voo dos pterossauros com o de aves e morcegos modernos, o estudo revela diferentes maneiras pelas quais os animais evoluíram para alcançar o voo motorizado.

Aprender como os pterossauros voavam pode ajudar a aprimorar as aeronaves e robôs de hoje. Ao estudar o funcionamento conjunto de seus músculos e ossos, podemos criar melhores designs para aviões grandes e drones.

Essa descoberta pode mudar a forma como entendemos o cotidiano e o comportamento dos pterossauros. Ao compreender melhor a maneira como eles decolavam, os cientistas conseguem estimar com maior precisão como caçavam, evitavam predadores e interagiam com o ambiente ao redor. Parece que usar os quatro membros para se lançar impactava onde e como viviam, talvez preferindo áreas abertas onde pudessem decolar rapidamente.

O estudo indica que há espaço para mais pesquisas, como a criação de modelos biomecânicos mais detalhados e a comparação deles com outros animais voadores extintos. Estudos futuros poderiam examinar diferentes tamanhos de pterossauros para investigar como suas habilidades de voo evoluíram ao longo do tempo. Essa abordagem pode aprimorar significativamente nosso entendimento sobre o desenvolvimento do voo em várias espécies.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.7717/peerj.17678

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Benjamin W. Griffin, Elizabeth Martin-Silverstone, Rodrigo V. Pêgas, Erik Anthony Meilak, Fabiana R. Costa, Colin Palmer, Emily J. Rayfield. Modelling take-off moment arms in an ornithocheiraean pterosaur. PeerJ, 2024; 12: e17678 DOI: 10.7717/peerj.17678
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