Motoristas de Massachusetts buscam direito à união em nova votação

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Por Ana Silva
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Iniciativa de votação em Massachusetts com símbolos de voto e economia de bicos.

São PauloMotoristas de Uber e Lyft em Massachusetts podem em breve conseguir formar um sindicato graças a uma nova proposta em votação. O plano visa corrigir as leis trabalhistas que atualmente não abrangem os trabalhadores de aplicativos. Aqui estão alguns detalhes importantes sobre a proposta:

  • A questão do plebiscito permitiria que motoristas formassem um sindicato.
  • Se aprovada, "motoristas ativos" seriam definidos como aqueles que completaram mais corridas que a mediana nos últimos seis meses.
  • Uma vez que um sindicato consiga o apoio de 5% dos motoristas ativos em uma unidade de negociação, ele ganha acesso à lista de todos os trabalhadores elegíveis.
  • Se 25% dos motoristas elegíveis aderirem, o sindicato se torna o representante de negociação certificado, a menos que outra opção obtenha 25% de apoio dentro de sete dias.

Yolanda Rodriguez é motorista da Lyft há seis anos. Ela acredita que ter direitos sindicais ajudaria tanto ela quanto outros motoristas. No ano passado, a mãe de 33 anos de Malden não pôde trabalhar por cinco meses porque a Lyft cancelou sua conta durante sua gravidez. Yolanda está convencida de que um sindicato poderia apoiar os motoristas em situações como essa.

Nem todos os motoristas concordam com a proposta do plebiscito. Henry De Groot, um motorista de Boston que trabalha para ambas as empresas há cinco anos, é contra. Ele afirma que a medida não garante direitos iguais a todos os motoristas. De Groot destaca que oferece apenas uma negociação coletiva básica e carece de informações claras sobre o uso das contribuições. Ele acredita que os motoristas deveriam ter voz na escolha de seus líderes e nos direitos fundamentais dentro do sindicato.

Kelly Cobb-Lemire, uma organizadora do Massachusetts Drivers United, compartilha preocupações semelhantes. Seu grupo, liderado por motoristas, quer garantir que motoristas e entregadores possam formar um sindicato. Eles estão pedindo aos legisladores que aprovem um projeto de lei que conceda a todos os trabalhadores de aplicativos direitos completos de empregados e uma maneira de se sindicalizar. O projeto também garantiria que motoristas e entregadores recebam pelo menos o salário mínimo de Massachusetts por todo o tempo trabalhado.

Proposta leva a acordo histórico entre companhias e estado

Uma nova proposta surge após um recente acordo entre as empresas e o estado. Esse acordo impede que as companhias apoiem questões de votação que classificariam os motoristas como prestadores de serviço independentes. O entendimento resolve alegações de que Uber e Lyft violaram as leis trabalhistas de Massachusetts. De acordo com o pacto, os motoristas terão direito a uma hora de licença médica remunerada para cada 30 horas trabalhadas, com um máximo de 40 horas por ano. As empresas também pagarão ao estado um total de $175 milhões, beneficiando principalmente motoristas atuais e antigos.

Lyft afirmou que o acordo encerra uma ação judicial e evita a necessidade de um plebiscito em novembro. Uber destacou que o pacto demonstra como o trabalho independente pode ser moderno e respeitoso.

Essa proposta de lei pode transformar significativamente a situação dos trabalhadores de aplicativos em Massachusetts. Ela começa a focar nas necessidades específicas desses trabalhadores, estabelecendo uma base para barganha coletiva e pagamento de licença médica. No entanto, algumas pessoas criticam a proposta, destacando a necessidade de um processo democrático e direitos completos para os empregados. A discussão não se restringe apenas a Massachusetts; pode influenciar trabalhadores de aplicativos em todo o país. Isso mostra que, embora o trabalho por aplicativos ofereça flexibilidade, ele também necessita de proteções trabalhistas justas e robustas.

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