Bombardeio israelense mata 4 trabalhadores humanitários em Gaza, diz ONG britânica

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Por Ana Silva
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Ruínas de edifícios com suprimentos médicos espalhados visíveis.

São PauloGrupo humanitário denuncia morte de funcionários em ataque aéreo israelense

Um grupo de ajuda humanitária do Reino Unido informou que um ataque aéreo israelense matou um de seus funcionários seniores e outros três trabalhadores humanitários de diferentes organizações em Gaza. O ataque aconteceu em um armazém que deveria ser uma zona segura. A organização Al-Khair Foundation identificou o funcionário morto como Husam Mansour. O exército israelense alegou que Mansour era um membro sênior do Hamas e que usava sua posição na ajuda humanitária para arrecadar fundos para o grupo.

Principais pontos:

  • Israel realiza ataque aéreo em Gaza, atingindo armazém em 'zona segura'
  • Quatro trabalhadores humanitários mortos, incluindo um suposto militante sênior do Hamas
  • Israel afirma que um dos mortos usava sua posição para angariar fundos para o Hamas

Ataques em Gaza Resultam em Alto Número de Mortes

No norte de Gaza, ataques terrestres e bombardeios israelenses provocaram muitas mortes. Socorristas encontraram dezenas de corpos no bairro de Tel al-Hawa, na Cidade de Gaza, e os levaram para o Hospital Al-Ahli. O conflito teve início em 7 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram o sul de Israel, matando cerca de 1.200 israelenses e fazendo 250 reféns. Desde então, ataques israelenses teriam matado mais de 38.300 pessoas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território, que não distingue entre combatentes e civis em seu balanço.

A precária situação humanitária em Gaza

A situação humanitária em Gaza é grave. A maioria dos 2,3 milhões de habitantes vive em tendas lotadas no centro e sul da região. Restrições impostas por Israel, confrontos permanentes e a falta de ordem dificultam a distribuição de ajuda. Como resultado, há uma fome generalizada e temores de escassez extrema de alimentos.

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Exército Israelense Reconhece Falhas Durante Ataque do Hamas

O exército israelense admitiu ter cometido erros durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, como responder de forma lenta e desorganizada. Socorristas ainda estão encontrando corpos na Cidade de Gaza após ataques de Israel. A Argentina demonstrou apoio a Israel ao classificar o Hamas como um grupo terrorista.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) está enfrentando sérios problemas financeiros. Há anos, não recebe fundos suficientes. Em 2024, a situação piorou quando Israel acusou 12 dos 13.000 funcionários da UNRWA em Gaza de estarem envolvidos no ataque do Hamas em 7 de outubro, o que levou à demissão desses trabalhadores. Como resultado, 16 países pararam de financiar a agência, criando um déficit de 450 milhões de dólares. Recentemente, 14 desses países retomaram o financiamento, e espera-se que o Reino Unido faça o mesmo em breve. Os Estados Unidos, que anteriormente eram o maior doador, suspenderam os pagamentos até 25 de março de 2025.

ONU pede ajuda financeira imediata para UNRWA

O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo urgente por assistência financeira ao UNRWA. Em seu discurso na sede das Nações Unidas, ele criticou Israel por obrigar palestinos a continuarem se movendo por áreas devastadas. Guterres destacou a necessidade de $1,2 bilhão em ajuda para Gaza e Cisjordânia até o final do ano, devido à grave escassez de recursos e às condições humanitárias em deterioração.

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