Sensor inovador 'spinalNET' promete avanços revolucionários no tratamento de lesões medulares

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Sensor flexível em modelo de coluna para inovação médica

São PauloCientistas da Universidade Rice desenvolveram um pequeno sensor chamado spinalNET. Esse dispositivo pode aprimorar tratamentos para lesões e doenças da medula espinhal. Embora dispositivos implantáveis tenham facilitado os estudos cerebrais, estudar a medula espinhal tem sido mais desafiador devido ao seu constante movimento.

Yu Wu, cientista da Universidade Rice, afirma que estudar os neurônios da espinha pode ajudar a desenvolver melhores tratamentos. Wu liderou um estudo publicado na revista Cell Reports sobre o spinalNET. Este pequeno dispositivo monitora a atividade elétrica dos neurônios espinhais durante movimentos normais. Este é um grande avanço no tratamento de doenças da medula espinhal.

Principais características do spinalNET:

  • Capacidade de registrar a atividade neuronal na medula espinhal de camundongos em movimento livre
  • Alta resolução e habilidades de gravação prolongada
  • Monitoramento do mesmo neurônio por vários dias
  • Tamanho extremamente reduzido, mais de cem vezes menor que a largura de um fio de cabelo
  • Macio e flexível, quase tão suave quanto o tecido neural

Lan Luan, professora associada na Universidade Rice, explica que a medula espinhal se movimenta com frequência durante atividades normais. Sensores rígidos podem danificar o tecido delicado da medula, mas a flexibilidade do spinalNET evita esse problema. O sensor coleta sinais claros de centenas de neurônios.

A complexidade do Movimento Rítmico Espinhal

A medula espinhal é responsável por controlar movimentos e outras funções. Ao observar de perto os neurônios espinhais durante movimentos livres, pesquisadores desvendaram o funcionamento desses mecanismos. Utilizando uma ferramenta chamada spinalNET, eles descobriram que os neurônios no gerador central de padrões fazem mais do que apenas criar movimentos rítmicos. Enquanto alguns neurônios estão ligados aos movimentos das pernas, muitos não estão. Isso indica que o circuito espinhal para movimentos rítmicos é bastante complexo.

Wu mencionou que deseja estudar mais a fundo como os neurônios espinhais controlam ações reflexas e voluntárias em pesquisas futuras.

Chong Xie, professor associado e um dos principais autores, afirma que o sensor é seguro para o corpo e confiável. Essas características permitem registrar os movimentos da coluna de forma precisa e segura. O spinalNET pode ser uma ferramenta médica útil para pessoas com problemas ou lesões na medula espinhal.

A pesquisa foi financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde, Universidade Rice, Instituto Salk e Fundação Mary K. Chapman. As opiniões expressas no estudo não refletem necessariamente as opiniões dos patrocinadores.

Esta nova tecnologia representa um grande avanço no estudo das medulas espinhais e pode facilitar a criação de novos tratamentos que melhorem significativamente a vida de muitas pessoas com problemas na medula espinhal. A capacidade de examinar de perto os neurônios espinhais em condições reais é um progresso importante.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.celrep.2024.114199

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Yu Wu, Benjamin A. Temple, Nicole Sevilla, Jiaao Zhang, Hanlin Zhu, Pavlo Zolotavin, Yifu Jin, Daniela Duarte, Elischa Sanders, Eiman Azim, Axel Nimmerjahn, Samuel L. Pfaff, Lan Luan, Chong Xie. Ultraflexible electrodes for recording neural activity in the mouse spinal cord during motor behavior. Cell Reports, 2024; 43 (5): 114199 DOI: 10.1016/j.celrep.2024.114199
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