Inflação diminui na Europa, mas cautela do BCE continua

Por João Silva
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Gráfico mostrando a queda da inflação com as taxas cautelosas do BCE.

São PauloInflação na Europa é menor, mas o Banco Central Europeu (BCE) decidiu não reduzir as taxas de juros imediatamente. Taxas de juros altas são utilizadas para controlar a inflação ao tornar o empréstimo mais caro, o que ajuda a desacelerar o aumento dos preços, mas também pode diminuir o crescimento econômico. Tanto o BCE quanto o Federal Reserve (Fed) buscam gerenciar a inflação sem desencadear uma recessão.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou recentemente que o banco precisa ter certeza de que a inflação está totalmente controlada antes de reduzir as taxas novamente. A taxa básica atual é de 3,75%, após uma redução em junho. Lagarde compartilhou essas informações durante uma conferência do BCE em Sintra, Portugal, e mencionou que levará tempo para reunir dados suficientes e confirmar que os riscos de inflação foram eliminados.

O BCE enfrenta o desafio de equilibrar:

  • Redução da inflação.
  • Manutenção do crescimento econômico.
  • Supervisão do mercado de trabalho aquecido.

O mercado de trabalho da zona do euro continua forte com baixa taxa de desemprego, indicando uma economia estável mesmo com juros mais altos. No entanto, os juros elevados afetaram setores como o imobiliário e a construção civil. Esses setores desaceleraram, e as taxas de hipoteca aumentaram, interrompendo a valorização dos preços dos imóveis.

Poupadores recebem melhores taxas de juros em comparação ao passado, quando alguns bancos até ofereciam juros negativos. Agora, há uma melhora para os poupadores. Lagarde afirmou que o corte de juros em junho foi apenas um pequeno alívio, e não o início de uma série de reduções. As decisões futuras serão tomadas com base nos dados recebidos antes de cada reunião.

Analistas não acreditam que o BCE cortará as taxas de juros na reunião do dia 18 de julho. A atenção pode se voltar para o encontro em setembro. A economia europeia teve um crescimento praticamente nulo por vários trimestres, mas registrou um aumento de 0,3% nos primeiros três meses deste ano.

Recentes dados revelam que a atividade industrial está diminuindo. O índice de gerentes de compras da S&P Global confirma essa tendência. A economia europeia desacelerou após o aumento dos preços, impulsionado pelo alto custo da energia. Os custos elevados de energia têm dificultado as compras dos consumidores.

Novos acordos trabalhistas e aumentos salariais agora trazem benefícios para os consumidores. Os preços da energia subiram após a redução do fornecimento de gás natural pela Rússia devido à invasão da Ucrânia. Esses preços mais altos impactaram outros bens e serviços, afetando áreas como atendimento médico, ingressos para shows, cortes de cabelo e contas de restaurantes.

O BCE está monitorando com atenção a economia e os índices de inflação. Seu objetivo é controlar a inflação enquanto mantém a estabilidade econômica. O crescimento desigual na zona do euro e o mercado de trabalho robusto são fatores importantes em suas decisões.

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