Acordo da Boeing evita greve de 30 mil operários

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Por Chi Silva
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Fábrica da Boeing com aviões e trabalhadores ao fundo

São PauloBoeing e seu maior sindicato, que representa mais de 30 mil operários, chegaram a um novo acordo que pode evitar uma greve e manter a produção de aeronaves funcionando sem interrupções. O contrato, que ainda precisa ser aprovado, inclui aumentos salariais expressivos, incentivos e medidas para proteger os empregos. Confira os principais pontos do contrato proposto:

Benefícios dos Trabalhadores Melhorados

  • Aumentos salariais de 25% ao longo de quatro anos.
  • Média de aumento salarial de 33% devido a promoções por tempo de serviço.
  • Pagamento único de R$ 3.000 a cada trabalhador.
  • Redução na participação dos funcionários nos custos de saúde.
  • Novas contribuições para a previdência privada de até R$ 4.160 por empregado.

O sindicato originalmente pediu um aumento de 40% e a restauração do plano de pensão, mas teve que aceitar algo um pouco menor. Entretanto, a decisão da Boeing de construir sua próxima aeronave no estado de Washington foi uma grande vitória para o sindicato, garantindo segurança no emprego por muitos anos.

A Boeing vem enfrentando dificuldades financeiras e problemas operacionais nos últimos anos. A empresa tem registrado prejuízos consecutivos há seis anos devido ao embargamento de seus aviões 737 Max e atrasos na aprovação do modelo 777X. Caso ocorra uma greve, a companhia pode perder cerca de US$ 3 bilhões, com base em greves passadas e nas atuais taxas de produção.

O novo CEO, Kelly Ortberg, está se esforçando para melhorar as relações com o sindicato, o que pode ajudar a reduzir conflitos e criar um ambiente de trabalho mais harmonioso. A abordagem de Ortberg é essencial para resolver problemas de produção e diminuir as perdas financeiras. Outra prioridade para Ortberg é solucionar questões com a Spirit AeroSystems, um fornecedor chave recentemente adquirido pela empresa.

Apesar das dificuldades financeiras, a Boeing conta com uma grande carteira de pedidos no valor de mais de US$ 500 bilhões, o que traz algum alívio. Caso a situação financeira da empresa piore, pode haver atrasos nas entregas futuras e uma queda no fluxo de caixa, já que cerca de 60% do pagamento de um avião é realizado na entrega. A suspensão das atividades agravaria ainda mais seus problemas de caixa e adiaria a entrada de receitas.

A aprovação deste contrato é essencial para a Boeing. Isso estabilizará a produção, aumentará o moral dos trabalhadores e permitirá que a gestão se concentre em planos de longo prazo sem a preocupação de uma greve. Para os membros do sindicato, o acordo oferece recompensas financeiras e segurança no emprego, criando uma situação positiva para ambos os lados e um futuro mais estável.

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