Carlos Watson, fundador da Ozy Media, está sendo julgado por fraude

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Por Ana Silva
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Balanças da justiça inclinando-se sobre pilhas de artigos de notícias.

São PauloA Ozy Media, anteriormente uma empresa popular, fechou as portas. Seu fundador, Carlos Watson, está atualmente em julgamento. No ano passado, ele foi acusado e declarou: "Nunca fui trapaceiro."

Watson desejava criar conteúdos especiais para diferentes tipos de pessoas. Ele almejava que esses conteúdos tivessem mais valor. No entanto, Rao afirma que esse objetivo acabou resultando em desespero e desonestidade.

Ozy foi fundada em 2012. Watson, que estudou em Harvard e Stanford, teve várias ocupações, incluindo trabalhar em Wall Street e ser âncora de notícias na MSNBC. Ele conheceu Rao, que antes trabalhava com ele no setor financeiro, em um Chipotle no Vale do Silício.

As opções de Ozy incluíam:

  • Um site
  • Boletins informativos
  • Podcasts
  • Eventos
  • Programas de TV

Ozy começou a perder dinheiro em 2018, apesar de conquistar novos clientes e subvenções. Para manter a empresa funcionando, a companhia falsificou suas finanças. Um possível investidor foi informado de que a Ozy tinha ganho $12 milhões em 2017, mas os contadores apontaram um valor inferior a $7 milhões. Em 2020, a diferença aumentou para $53 milhões declarados contra $11 milhões reportados.

A Ozy frequentemente atrasava os pagamentos aos fornecedores e solicitava adiantamentos em dinheiro sobre ganhos futuros. Teve dificuldades para cumprir a folha de pagamento, de acordo com a ex-vice-presidente de finanças Janeen Poutre. A defesa alega que essas são questões normais para uma startup em crescimento. O advogado da empresa, Shannon Frison, afirmou que a Ozy Media não enganou seus investidores ou qualquer outra pessoa.

Ronald Sullivan Jr., advogado de Watson, afirmou que Watson acreditava que todos os números fornecidos aos investidores estavam corretos. Sullivan mencionou que os números de receita podem variar se incluírem renda "in natura". No entanto, Poutre observou que os auditores raramente concordam em incluir esse tipo de renda.

Rao não apenas manipulou os números financeiros; ele também falsificou uma renovação de contrato para um empréstimo bancário e criou um e-mail falso fingindo ser um executivo da OWN. Dizem que Watson aprovou essas ações.

Rao fingiu ser um executivo do YouTube usando um aplicativo de mudança de voz para obter dinheiro de investimento do Goldman Sachs. Quando o verdadeiro executivo do YouTube descobriu, Watson informou ao Goldman Sachs e ao conselho da Ozy que Rao havia tido um colapso mental. Mesmo assim, o Goldman Sachs continuou a anunciar com a Ozy depois, mas não investiu nenhum dinheiro.

Rao afirmou que estava tomando antidepressivos, mas não estava passando por uma crise de saúde mental durante a ligação. Ele mencionou que Watson estava presente e enviando mensagens de orientação. O advogado de Watson argumentou que Watson percebeu que Rao estava mentindo durante a ligação e lhe disse para desligar. Rao também escreveu uma carta assumindo toda a culpa, mas mencionou que fez isso para proteger a Ozy.

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