EUA sancionam empresa de spyware por espionagem ilegal a dissidentes e jornalistas

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Por Alex Morales
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Código spyware na tela com sinais de alerta.

São PauloEstados Unidos sanciona empresa de spyware

Os Estados Unidos impuseram sanções à Intellexa, uma empresa que fabrica spyware utilizado para monitoramento clandestino de dissidentes e jornalistas. Essas sanções demonstram que o governo dos EUA é veementemente contra o uso indevido de tecnologia que compromete a segurança nacional, a privacidade e as liberdades civis. Bradley T. Smith, Subsecretário Interino do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, afirmou que o país adota uma política de tolerância zero para esse tipo de atividade.

Intellexa, uma empresa fundada em 2019 pelo ex-militar israelense Tal Dilian, foi criticada por muitos governos pelo uso indevido de suas ferramentas de spyware, especialmente o programa "Predator". Esse software consegue acessar secretamente câmeras, microfones e dados de dispositivos invadidos. Seus efeitos são vastos, alcançando além dos EUA até a Europa. Figuras políticas de destaque como Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, e Tsai Ing-Wen, presidente de Taiwan, foram alvos, assim como políticos americanos como o deputado Michael McCaul do Texas e o senador John Hoeven da Dakota do Norte.

No início deste ano, o governo Biden sancionou várias subsidiárias da Intellexa e dois dos seus funcionários. O Departamento de Comércio também colocou a Intellexa e uma de suas subsidiárias na lista negra, limitando seu acesso à tecnologia norte-americana. Indivíduos recentemente sancionados ocupavam posições de destaque dentro da Intellexa, levantando dúvidas sobre a governança corporativa e os padrões éticos da empresa. Além disso, o Grupo Aliada, uma subsidiária com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, foi sancionado por auxiliar a Intellexa em transações financeiras que somavam dezenas de milhões de dólares.

As sanções do governo dos EUA impedem pessoas e organizações de realizarem negócios ou atividades financeiras com empresas americanas. Além disso, eles também não podem usar bancos dos EUA, o que os desconecta do sistema financeiro global.

Empresas de spyware enfrentam graves consequências devido a essas sanções. Isso demonstra que existem penalidades severas para quem ajuda governos ou organizações a espionar indivíduos e líderes políticos. As empresas de tecnologia provavelmente se esforçarão mais para seguir as regras e usar a tecnologia de forma responsável. Além disso, ressalta a necessidade de cooperação internacional para impedir o uso indevido dessas ferramentas de vigilância poderosas.

O avanço da vigilância tecnológica representa uma ameaça à democracia e à liberdade. As sanções dos EUA são medidas rigorosas não apenas para punir, mas também para alertar contra ações semelhantes. Grupos internacionais e organizações de direitos humanos precisam manter-se vigilantes e pressionar por melhores regras globais sobre vigilância digital. Esta situação destaca a necessidade de leis cibernéticas rigorosas e uma aplicação mais estrita para proteger os direitos individuais e a privacidade na era digital. É um sinal para a indústria tecnológica e reguladores em todo o mundo agirem contra aqueles que utilizam a tecnologia para fins indevidos.

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