Jato de 'sprinkling' incomum descoberto em estrela de nêutrons por astrônomos de Oxford

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Por Chi Silva
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Estrela de nêutrons emitindo jatos vibrantes no espaço.

São PauloAstrônomos da Universidade de Oxford observaram, pela primeira vez, uma estrela de nêutrons com um jato singular. Utilizando o radiotelescópio MeerKAT, na África do Sul, eles capturaram imagens detalhadas e de alta resolução de Circinus X-1, um sistema binário a mais de 30 mil anos-luz da Terra. Neste sistema, há uma estrela de nêutrons formada a partir do colapso de uma estrela supergigante há milhares de anos. As imagens revelam um jato em forma de S, uma estrutura anteriormente vista apenas em buracos negros.

Os principais pontos da descoberta são:

  • O jato muda de direção devido à oscilação do disco de acreção, um fenômeno conhecido como precessão.
  • O disco de acreção da estrela de nêutrons retira gás da estrela companheira, formando um disco de gás quente que espirala em direção à estrela de nêutrons.
  • Esse processo libera mais energia do que um milhão de sóis a cada segundo.
  • Os jatos são feixes estreitos de material viajando próximo à velocidade da luz.

Uma parte fascinante dessa descoberta é a forma em S do jato, causada pela precessão. Embora precessão já tenha sido observada em buracos negros, essa é a primeira vez que é vista em uma estrela de nêutrons. Esse achado nos fornece novas informações sobre a complexa física envolvida no lançamento de jatos, um fenômeno que ainda não é totalmente compreendido.

A descoberta dessas ondas de choque revela que o jato da estrela de nêutrons está mudando de posição ao longo do tempo. Analisar a velocidade desse movimento ajudará a compreender a composição do jato. Segundo Cowie, essas ondas de choque aceleram partículas, gerando raios cósmicos de alta energia.

Circinus X-1 tem sido objeto de estudo por mais de 50 anos e é uma das fontes de raios X mais brilhantes do céu. Apesar de muitas pesquisas, muitos de seus comportamentos ainda são desconhecidos. Esta nova descoberta nos ajuda a compreender melhor esse sistema complexo e soma-se ao trabalho realizado nas últimas décadas.

A pesquisa fez parte dos projetos X-KAT e ThunderKAT, utilizando o telescópio MeerKAT, gerido pelo Observatório de Radioastronomia da África do Sul (SARAO). O estudo empregou novos receptores S-band do Instituto Max Planck (MPG).

A equipe continuará monitorando os jatos para ver se eles mudam com o tempo, conforme previsto. Isso ajudará a aprofundar nosso conhecimento sobre este objeto complexo e intrigante.

A descoberta do jato em forma de S proveniente de uma estrela de nêutrons é crucial, pois fornece novas informações que ajudam a compreender o funcionamento desses objetos. Embora ainda haja muito a ser aprendido, essa descoberta representa um avanço importante no estudo das estrelas de nêutrons e na ciência espacial de alta energia.

O estudo é publicado aqui:

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