IA preditiva identifica áreas de alto risco de contaminação de águas subterrâneas no Brasil

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Por Alex Morales
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IA analisando risco de águas subterrâneas em um mapa digital.

São PauloPesquisadores aprimoraram o monitoramento da qualidade da água subterrânea com uma nova ferramenta de aprendizado de máquina. Esta ferramenta ajuda a identificar áreas de alto risco de contaminação, mesmo com dados limitados. Ela está sendo inicialmente aplicada no Arizona e na Carolina do Norte, mas pode ser ajustada para outras regiões. A água subterrânea pode conter substâncias nocivas como arsênio e chumbo, por isso o monitoramento é crucial. Testar essa água pode ser caro e complicado, o que torna essa nova abordagem essencial.

Modelo de IA Revela Insegurança nos Níveis de Qualidade da Água Subterrânea

O modelo de aprendizado de máquina analisa um conjunto enorme de registros de qualidade de água subterrânea dos últimos 140 anos, envolvendo mais de 20 milhões de pontos de dados e abarcando mais de 50 parâmetros de qualidade. Com esses dados, a inteligência artificial é capaz de prever a presença e concentração de diversos poluentes inorgânicos, mesmo quando apenas alguns parâmetros estão disponíveis. Os resultados iniciais mostram uma discrepância entre os dados atuais e as previsões da IA sobre quais locais atendem aos padrões de segurança. Dados de campo indicam que 75-80% dos locais passam nos testes de segurança, mas a IA estima que somente entre 15-55% deles poderiam ser realmente seguros.

O modelo auxilia na alocação de recursos e foca nas áreas de maior risco, levando em conta os seguintes fatores:

  • Relação com dados geológicos e ambientais
  • Padrões históricos de ocorrência de poluentes específicos
  • Elementos que são benéficos na agricultura, mas prejudiciais em outros contextos

A estratégia visa auxiliar agências estaduais e governos locais a direcionar recursos para as regiões que mais precisam, tornando mais eficazes os testes e o tratamento da água. Com a atualização contínua do modelo a partir de diversos dados dos Estados Unidos e novas informações ambientais, os pesquisadores esperam aumentar sua precisão ao longo do tempo.

O estudo investiga como o modelo pode monitorar os níveis de fósforo, elemento crucial para a agricultura, mas prejudicial ao meio ambiente. O objetivo principal é que o modelo auxilie no gerenciamento do uso de fósforo em diferentes ecossistemas. Ao aprimorar essa ferramenta de IA, os cientistas visam tornar a água mais segura em todo o mundo, promovendo melhorias na saúde ambiental e pública. Os pesquisadores esperam que isso também facilite o monitoramento de novos poluentes.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1021/acs.est.4c05203

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Akhlak U. Mahmood, Minhazul Islam, Alexey V. Gulyuk, Emily Briese, Carmen A. Velasco, Mohit Malu, Naushita Sharma, Andreas Spanias, Yaroslava G. Yingling, Paul Westerhoff. Multiple Data Imputation Methods Advance Risk Analysis and Treatability of Co-occurring Inorganic Chemicals in Groundwater. Environmental Science & Technology, 2024; DOI: 10.1021/acs.est.4c05203
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